O objectivo é formar mais profissionais com competências académicas na “luta” contra o sedentarismo
Empenhado em contribuir para a promoção de estilos de vida saudáveis, o Instituto Piaget de Almada reforçou a sua oferta formativa com um mestrado inovador, que vai já a caminho da sua segunda edição. Trata-se do mestrado em exercício e saúde, destinado a dar resposta a estudantes que pretendem adquirir competências aprofundadas para avaliar e prescrever exercício em contexto clínico e em populações saudáveis.
O curso é leccionado pelo ISEIT, uma das três instituições do ensino superior que integra o campus universitário do Instituto Piaget de Almada, localizado a um minuto da estação ferroviária do Pragal.
O principal objectivo do mestrado é contribuir para a formação de profissionais na área da saúde, nomeadamente o fisiologista do exercício, com competências académicas, científicas e pedagógicas para prescrever exercício físico quer a indivíduos sãos quer a pessoas com patologias.
A funcionar em horário pós-laboral, com aulas concentradas na sexta-feira à noite e aos sábados durante todo o dia, o curso oferece ainda outros factores diferenciadores: disciplinas teórico-práticas em contexto laboratorial e comunitário, grande proximidade entre os estudantes e o corpo docente, fácil acesso ao campus e parcerias com as melhores instituições na área do exercício para o estágio curricular.
“Não é segredo nenhum que ser activo pode garantir mais anos de vida, e anos a viver com mais qualidade. A prática regular de exercício físico melhora a função cardiovascular e a força muscular, aumenta a aptidão física e previne inúmeras doenças”, refere Priscila Marconcin, professora coordenadora do mestrado.
E a docente acrescenta: “A prescrição de exercício físico e o seu acompanhamento é uma tarefa que exige muitas competências. Para isso, temos profissionais que podem ajudar-nos. O fisiologista do exercício especialista é o profissional mais indicado para avaliar, prescrever e acompanhar aqueles que desejam praticar exercício físico. Isto aplica-se tanto a uma população saudável como a pessoas com patologias associadas e em todas as fases da vida”.
As estatísticas e a necessidade actual de combater os hábitos de vida sedentários e melhorar o controlo de doenças decorrentes da inactividade física dão-lhe razão. Idealmente, durante a infância e no contexto escolar, deveríamos desenvolver a nossa literacia física para termos autonomia para a prática de exercício físico. Mas, na realidade, o que percebemos é que após os anos escolares poucos são aqueles que conseguem manter-se activos na vida adulta. Dados recentes do Eurobarómetro indicam que 74% da população portuguesa não pratica exercício físico.
A questão não é sequer exclusiva de Portugal. Os mesmos dados do Eurobarómetro registam que cerca de metade dos cidadãos europeus nunca fazem exercício ou desporto. Pior, os números evidenciam um aumento gradual nos últimos anos. Como consequência, a mortalidade e incidência de doenças decorrentes da inactividade física têm aumentado.
Aos fisiologistas do exercício sobra assim um amplo campo de actuação. Os futuros mestres em Exercício e Saúde saídos do Piaget de Almada podem actuar em diferentes contextos na área da saúde, como ginásios, clínicas do exercício, centros desportivos, hospitais, centros médicos, lares, centros de dia, entre outros.
