1 Maio 2024, Quarta-feira
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Declaração ambiental contém ilegalidades, dizem civis contra aeroporto no Montijo

“Esta DIA não constitui uma surpresa a partir do momento em que o Governo, em fevereiro de 2017, decidiu alterar o contrato de concessão sem dar conhecimento aos portugueses”, frisou José Encarnação, da Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não!.

 

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A Plataforma Cívica contra o aeroporto no Montijo considerou que a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) da Agência Portuguesa do Ambiente é “mais uma peça num processo com ilegalidades e atropelos às leis nacionais e convenções internacionais”.

“Esta DIA não constitui uma surpresa a partir do momento em que o Governo, em fevereiro de 2017, decidiu alterar o contrato de concessão sem dar conhecimento aos portugueses, através de um memorando de entendimento com a concessionária, que é, até hoje, desconhecido dos portugueses”, disse à agência Lusa José Encarnação, da Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não!.

Notícia relacionada: Agência Portuguesa do Ambiente viabiliza aeroporto no Montijo

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) confirmou na terça-feira a viabilidade ambiental do novo aeroporto no Montijo, projeto que recebeu uma decisão favorável condicionada em sede de DIA.

“O Governo aceitou a proposta da ANA/VINCI de aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa através da construção do aeroporto do Montijo e do aumento do número de movimentos na Portela. Depois [o novo aeroporto do Montijo] foi consumado com a declaração do primeiro-ministro ao afirmar que não havia plano B”, acrescentou.

Para José Encarnação, “todo este caminho condicionou decisivamente o parecer da APA, que se queria que fosse, como mandam as regras, independente do poder executivo, neste caso do Governo”.

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“Parece ter sido um fato feito por medida num alfaiate”, acrescentou o responsável da Plataforma Cívica, que acusa o Governo e a APA de colocarem os “interesses da ANA/VINCI acima dos interesses das populações” com a opção pela construção do novo aeroporto na Base Aérea n.º 6, no Montijo.

“Surpresa teria sido um desfecho diferente daquele que está anunciado. Mas trata-se de uma má decisão para as populações dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, do ponto de vista da saúde, do ruído e da poluição atmosférica”, disse.

A plataforma contra o aeroporto no Montijo recorda ainda que, “ao contrário da ideia que tem sido transmitida pelo Governo, houve uma decisão para a construção de um novo aeroporto no campo de tiro de Alcochete”.

“Em 2010 houve uma decisão de construir o NAL (Novo Aeroporto de Lisboa) no campo de tiro de Alcochete, que tem projeto, estudo económico-financeiro, feito pelo Instituto Superior de Economia e Gestão, uma instituição pública do Estado português, e que tem uma DIA em vigor até ao dia 09 de dezembro de 2020”, disse José Encarnação.

“Portanto, a narrativa [do Governo] de que nunca se tomou uma decisão não é verdadeira”, afirmou José Encarnação, reiterando que a Plataforma Cívica, depois de avaliar melhor o documento da APA, vai recorrer a todos os meios legais, incluindo a via judicial, nas instâncias nacionais e internacionais, para tentar anular o que considera ser uma “má decisão para o país”.

Lusa

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