26 Junho 2024, Quarta-feira

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Diocese de Setúbal rejeita “ocultação” de caso de abuso sexual

Diocese de Setúbal rejeita “ocultação” de caso de abuso sexual

Diocese de Setúbal rejeita “ocultação” de caso de abuso sexual

Em causa está o alegado encobrimento de uma denúncia de abuso sexuais a menores pelo Bispo emérito de Setúbal, D. Gilberto Reis.

 

A Diocese de Setúbal reagiu esta sexta-feira às notícias que dão conta do envolvimento do Bispo emérito de Setúbal, D. Gilberto Reis, ao encobrimento de uma denúncia de abuso sexual de menores.

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Em comunicado, a Diocese de Setúbal confirma que existiu, entre 2008 e 2015, uma investigação canónica a um padre diocesano, motivada por queixas de abuso sexual de menores. “O processo canónico foi organizado pelo Bispo diocesano [D. Gilberto Reis] à data dos acontecimentos, tendo sido ouvidas todas as partes envolvidas, ou seja, o alegado perpetrador e as alegadas vítimas”, sublinhou a diocese.

Durante o tempo em que decorreu a investigação, a diocese afirma ainda que “o sacerdote em causa foi suspenso das suas funções, mas após a conclusão do processo, o decreto emanado pela Santa Sé ilibou o padre e permitiu que voltasse a exercer o seu ministério, com o ofício de pároco”. Assim, a nota sublinha que “a Diocese de Setúbal não se revê nas expressões ‘ocultação’ ou ‘encobrimento’, dado que o processo de averiguação decorreu no cumprimento das orientações canónicas e civis em vigor à data.”

É ainda reafirmada “a importância do caminho que a Igreja portuguesa está a percorrer” e garantido que “a Diocese de Setúbal está empenhada em, através da sua Comissão de Protecção de Menores e Pessoas Vulneráveis promover um ambiente de segurança, são relacionamento e cuidado dos mais novos e mais frágeis, bem como em acolher e cuidar daqueles que possam ser vítimas de abuso e comportamentos desviantes”.

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Caso de abuso sexual tem mais de três décadas

O alegado encobrimento do caso de abuso sexual de menores remete para 1990, quando um padre, que tinha a seu cargo duas paróquias da zona norte do distrito de Lisboa, terá abusado sexual de crianças.

A notícia, avançada pelo Observador na semana passada, refere que, à época, foi feita uma denúncia pela mãe de uma das alegadas vítimas ao então cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e, recentemente, a D. Manuel Clemente. No entanto, alegadamente nenhum deles prosseguiu com a denúncia às autoridades.

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Para além desta suposta ocultação, sabe-se, através de investigação levada a cabo pelo Expresso, que dois bispos terão encobrido de igual forma a referida denúncia. Em causa, estão agora o bispo da Guarda, D.Manuel Felício e o bispo emérito de Setúbal, D.Gilberto Reis.

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