Descansem os meus leitores que não vou fazer uma homília sobre esse problema sem solução racional que é o problema da criação. Não! Vou apenas tecer algumas considerações sobre alguns problemas atuais que me fizeram doer a “alma”. Como, por exemplo, as declarações alarmantes de alguém com responsabilidades no candente problema dos combustíveis, afirmando que era inevitável a contínua subida da gasolina e do gasóleo para um “zé povinho” que vive sobre, ou mesmo abaixo, da linha da pobreza, sendo do domínio público que as empresas dos combustíveis tinham tido lucros de milhões! E essa “dor de alma” cresceu ao ouvir dizer que a população mundial tinha ultrapassado os oito mil milhões de habitantes dos quais 10% passam fome e 45 milhões de crianças estão no limite da subnutrição! Não sendo necessário ouvir peritos para sentirmos o progressivo aumento do preço dos alimentos primordiais enquanto milionários e bilionários, sejam russos ou americanos, compram e usam barcos, aviões ou palácios de luxo, inimaginável para um comum dos mortais. E a minha “ferida” entra a sangrar quando, mesmo entre nós, os vários bancos anunciam lucros enormes, depois de terem tido ajudas (!) de milhões, dos dinheiros saídos dos nossos bolsos – como são os impostos que pagamos. Quando nos sentimos ameaçados por perigos incontroláveis, os homens sempre tiveram a tentação de pedir ajuda a um poder superior – por isso apetece-me dizer: Oh! Meu Deus, como é isto possível? Pois é! É que existe na realidade um poder quase inatingível e incontrolável que é o “deus cifrão”! E aí vêm os déficits, os orçamentos, as dívidas externas, o produto e, eu sei lá quantas mais noções que pretendem justificar uma situação e uma organização social que justifica e mantem todas as causas das minhas “feridas”! E mais – os paraísos fiscais, as zonas francas, os “fundos” sem rosto, etc. E os políticos – os homens que nos governam em nosso nome, estão, consciente ou inconscientemente ao serviço desse deus cifrão ! Será que não há volta a dar a tal situação- agora muito acobertada com as guerras e as sanções? Bem diz o Papa Francisco que temos uma economia que mata!
Quando será que esse “deus cifrão” deixará de nos governar e quando será substituído pelo desejo sincero construir uma sociedade do bem estar e da justiça?
Para isso são necessários ”homens novos”! Para isso é necessário dar força à “revolução da ternura” – (Francisco dixit)