Mural foi concebido após planificação e pesquisa bibliográfica pelos alunas da escola da Moita
A Escola Secundária da Moita já deu por concluída a actividade “Muros com Vida”, no âmbito do projecto realizado naquele estabelecimento ao abrigo do programa Eco-Escolas e que foi iniciado durante o primeiro período deste ano lectivo, pelos alunos do 12.ª ano de escolaridade da área das Ciências. A realização do mural aconteceu após a fase de planificação e pesquisa bibliográfica, tendo se seguido várias reuniões de articulação com professores e alunos do 5.º C e 8.º A da Escola D. Pedro II, e estudantes do 12.º ano da área das Artes.
Recorde-se que em Fevereiro, as turmas promoveram uma saída de campo pela zona ribeirinha da Moita, no Sítio das Marinhas e na praia fluvial do Rosário, onde teve lugar a observação de avifauna do estuário e um workshop de plantas do sapal, com acompanhamento logístico da Câmara da Moita e da Simarsul.
Na altura, foram ainda realizadas palestras informativas com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, tendo alguns dos produtos finais sido observados pelos participantes, com recurso a um vídeo, esculturas de aves construídas com plásticos e beatas recolhidas na saída, tendo também sido elaborada uma memória descritiva das funções do referido ecossistema, ao nível da retenção de poluentes e do habitat de inúmeras espécies, “berçários” para peixes, “amortecedor” natural do avanço do mar, sumidouro de dióxido de carbono, e qual o papel económico e cultural desta área para justificar “a importância da sua conservação”.
De acordo com a escola, o referido mural foi pintado no terceiro período, pelos alunos de Artes da turma 12B1, com o acompanhamento da professora Paula Martins, tendo culminado com o desenho de campo individual na saída, seguido de várias propostas, em diferentes suportes, tendo ainda sido aplicadas várias técnicas de desenho e pintura, e ampliação à escala de cada elemento, inicialmente em papel e após recorte, o desenho do contorno e a pintura da parede, com recurso à utilização de um andaime, utilizando tintas de água acrílicas, aplicadas com um pincel e uma trincha.
O espaço conta agora com cores naturais mais apelativas e retrata de forma “única e especial”, a harmonia e complexidade dos ecossistemas estuarinos. No local, encontra-se representada a biodiversidade do estuário do Tejo, com imagens de flamingos, cardumes de Sargo-legítimo, Charroco e Salicórnia, sendo que todos os elementos “estão bem visíveis dada a genialidade na escolha das cores e o semi-realismo muito bem pintado”, informa a docente Dina Dias, coordenadora do programa Eco-Escolas, numa iniciativa destinada às próximas gerações de alunos deste estabelecimento de ensino, para valorização do património natural concelhio.