O parque industrial da Baía do Tejo, no Barreiro, grande parte proveniente do antigo complexo da CUF, tornou-se membro efectivo da rede de turismo
A Baía do Tejo, situada no Barreiro, acaba de tornar-se membro efectivo da Rota Europeia do Património Industrial – a ERIH, European Route of industrial Heritage –, considerada a principal rede de turismo do património industrial da Europa, que é hoje composta por cerca de dois mil locais de interesse, situados em 47 países de todo o continente europeu.
De acordo com o parque empresarial situado nesta cidade a Sul do Tejo, a ERIH, que em grande parte é proveniente do antigo complexo industrial da CUF, organiza-se por “pontos âncora”, com locais de maior interesse, em torno dos quais se encontram habitualmente outras referências que compõem o espólio com interesse para visitação.
Dá ainda a conhecer pontos de interesse, a partir dos quais são estabelecidas rotas regionais, que permitem “descobrir a história destas paisagens industriais e, simultaneamente, mostrar a diversidade e as raízes comuns da história da indústria europeia”.
A integração na ERIH surge na sequência da classificação pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGCP), como Conjunto de Interesse Público (CIP), através da portaria n.º 615/2020, de parte considerável do património detido pela Baía do Tejo no seu parque empresarial do Barreiro.
Neste âmbito, reconhece o diploma emanado do gabinete da Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural que o património agora classificado “mantém ainda hoje arquitecturas autênticas e de relevante valor histórico, cultural e social, testemunhando diversas fases de produção e de laboração de um dos maiores complexos industriais europeus e dos mais significativos enquanto património industrial português e incluiu, ainda, toda uma série de equipamentos de natureza social”.
De acordo com a Baía do Tejo, o diploma identifica seis zonas de interesse, que enquadram mais de uma dezena de equipamentos classificados com interesse público “e é todo este património que agora é também dado a conhecer a um público muito mais alargado”, através desta importante rede do património industrial europeu.
O conselho de administração da Baía do Tejo definiu como uma das linhas estratégicas da comunicação da empresa a valorização de um dos pilares que diferenciam e tornam os seus parques empresariais únicos: o património industrial existente nestes activos.
Além dos equipamentos do Barreiro, a Baía do Tejo conta com outras referências de efectivo interesse industrial arquitectónico nos seus parques empresariais do Seixal e em Estarreja.
Série de artigos ajuda a contar histórias
Para dar a conhecer não apenas estas referências, mas também algumas peças, equipamentos e tecnologias, a marca vai promover a edição de uma série de artigos que procuram ajudar a contar a história destes territórios, a valorizar a sua singularidade e a aumentar o conhecimento e o interesse de visitação a estes activos que, como refere a portaria da DGCP, valem “como testemunho notável de vivências ou factos históricos, ao valor estético, técnico ou material”.
A Baía do Tejo tem hoje sob sua gestão, entre outros activos, quatro parques empresariais, sediados nos concelhos do Barreiro, Estarreja, Seixal e Vendas Novas, onde se encontram a laborar cerca de 340 empresas, num ecossistema que conjuga unidades de todas as áreas de actividade, onde se incluem as indústrias criativas e do conhecimento, e que oferecem condições privilegiadas de localização e acessibilidades, destacando-se, neste âmbito, a proximidade a Lisboa e os acessos rodoviários, ferroviários e fluviais oferecidos pelos parques empresariais de Barreiro e Seixal.