27 Junho 2024, Quinta-feira

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Península de Setúbal já tem dois balcões SNS 24 e o terceiro está a caminho

Península de Setúbal já tem dois balcões SNS 24 e o terceiro está a caminho

Península de Setúbal já tem dois balcões SNS 24 e o terceiro está a caminho

O primeiro foi instalado na Junta do Samouco e o segundo na Junta de Montijo e Afonsoeiro. Segue-se a Moita

 

Permitem a marcação de consultas para o centro de saúde, a realização de teleconsultas médicas e o pedido de receituário.

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São os balcões SNS 24 e na Península de Setúbal já estão dois a funcionar: o primeiro foi instalado no passado dia 1 na Junta de Freguesia do Samouco; o segundo abriu portas, a 10 deste mês, na sede da Junta de Montijo e Afonsoeiro.

E a caminho está um terceiro, para a Moita. Miguel Lemos, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arco Ribeirinho – que abrange os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo –, não esconde o desejo de ver o serviço “replicado” à escala regional – no País já foram instaladas mais de 120 unidades.

Para o efeito é necessário que as autarquias assim o solicitem e, pelo menos, já existe a ‘encomenda’ de mais um Balcão SNS 24 para a região. “A Moita também já pediu e estou convencido de que vão surgir mais”, revelou o responsável a O SETUBALENSE, sem deixar de frisar a preponderância do poder local no processo.

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“A implementação destes balcões parte muito da predisposição das câmaras municipais e das juntas de freguesia”, disse. Para Miguel Lemos, a implementação deste tipo de serviço não traduz incapacidade de resposta da tutela na área dos cuidados de saúde primários.

Muito pelo contrário. “Significa uma grande criatividade por parte da tutela”, considera, ao mesmo tempo que realça algumas das principais vantagens do serviço prestado.

“Quando nós construímos ferramentas é para nos ajudar e o Balcão SNS é uma ferramenta, que promove o acesso, a acessibilidade, aumenta os níveis de conhecimento, literacia, no digital, por parte dos nossos utentes. É um resultado dos tempos de desenvolvimento que estamos a viver.”

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Ainda assim, admite que esta “ferramenta” – como lhe chama – acaba por aliviar os serviços administrativos nos centros de saúde, o que, no seu entender, acaba também por representar uma mais-valia para os utentes.

“Alivia, sobretudo, a carga dos tempos de espera que os utentes têm de suportar. Às vezes esperar-se 15 minutos para se ser atendido, numa situação em que se está doente, é um tempo de espera muito grande. Se estivermos bem, se calhar até podemos esperar uma hora. Mas quando vamos a um serviço privado não nos queixamos tanto do tempo de espera, contudo toda a área do privado foi desenvolvendo aplicações para os telemóveis com o objectivo de reduzir a carga de espera, o tempo que às vezes se consome para resolver um problema administrativo, como por exemplo ir levantar um receituário que já está passado pelo médico”, defende.

Os balcões SNS 24, reforça, vêm “optimizar os recursos na área da saúde” e “satisfazer o utente pela produção de um serviço em tempo útil e rápido”, reduzindo assim “o peso de ter de estar à espera”.

Além de marcação de consultas, realização de teleconsultas médicas e possibilidade de renovação do receituário, a população pode ainda, através dos balcões SNS 24, “consultar guias de tratamento e o resultado de exames clínicos, avaliar e registar os sintomas provocados pela covid-19, agendar vacinação contra o coronavírus, obter certificados covid (vacinação, testagem e recuperação) e pedir isenção de taxas moderadoras por insuficiência económica”.

E tudo à distância de um clique, feito nas autarquias – e não nos respectivos centros de saúde – com apoio de funcionários para quem tem pouca literacia digital ou não tem acesso ou conhecimento para aceder aos serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Miguel Lemos “Unidades de Saúde Familiar são a maior fonte de atracção de médicos”

O principal desiderato dos agrupamentos de centros de saúde é o aumento do número de médicos de família. E uma das receitas para o conseguir passa, segundo Miguel Lemos, pela aposta em Unidades de Saúde Familiar (USF).

“O movimento de colocação de médicos nas unidades não acontece de forma automática, não existe nenhum mecanismo legal que obrigue um profissional de saúde a trabalhar num determinado sítio. Resulta sempre de uma opção pessoal [do médico].

Uma opção que, por sua vez, resulta de perspectivas que existam no terreno, em termos de projecto, de desenvolvimento profissional, de condições de trabalho.

Colocar uma USF no terreno é, neste momento, uma das maiores fontes de atracção de médicos”, explica o responsável pelo ACES Arco Ribeirinho, para reforçar de seguida: “A atractividade passa por ter USF, boas condições de trabalho. Garantindo isso na base, a probabilidade de poder atrair mais médicos é maior.”

Para Abril, admite, está prevista a abertura da USF Aldegalega no Hospital do Montijo. E o equipamento da Baixa da Banheira (Moita), “se tudo correr bem, deverá abrir no final do próximo ano”.

“Depois temos projectos para o Barreiro, julgo que a Câmara Municipal já quer avançar com dois – o dos Fidalguinhos e outro na zona da Escavadeira [Alto do Seixalinho]. Na Moita, a ideia é podermos também promover algum estímulo para Alhos Vedros. Voltando ao Montijo, está prevista ainda uma outra unidade de saúde para o Bairro do Areias e temos ainda a perspectiva de criar uma USF em Alcochete, até mesmo utilizando as instalações do actual centro de saúde”, resumiu, a concluir.

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