Comissão de Utentes volta a fazer ponto de situação em Janeiro. Nova USF sofreu alguns “atrasos” recentemente
A Comissão de Utentes de Saúde da Baixa da Banheira (CUSBB) realizou recentemente, na sede do Ginásio Atlético Clube, uma reunião de trabalho, que contou com a presença de Miguel Lemos, director-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Arco Ribeirinho, num encontro que os representantes daquela comissão classificam ter sido “muito importante na procura [de] melhorias consideráveis para o atendimento” dos utentes deste estabelecimento.
Em declarações a O SETUBALENSE e relativamente à construção da Unidade de Saúde Familiar desta vila – que será baptizada com o nome do falecido médico Raul Coelho –, o responsável afirmou que actualmente já “temos equipa formada, [com] todo o processo de aquisição de materiais de mobiliário [assegurado]” e que “estamos a aguardar que as obras terminem”.
Assim que forem concluídos os trabalhos no terreno, que sofreram nos últimos tempos alguns “atrasos” devido à pandemia, o processo de construção poderá voltar a seguir um “bom curso”, revelou.
No decorrer da reunião com os elementos que constituem a CUSBB, a mesma tomou conhecimento que dos cerca de 28 820 inscritos da actual Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP), apenas 22.731 pessoas são “frequentadores assíduos” do centro e que os restantes “não têm utilizado” este equipamento.
De acordo com a informação disponibilizada, só 16.731 utentes “têm médico de família atribuído” e destes, um total de 5.876 pessoas é que têm frequentado a unidade nos últimos anos. A estes números juntam-se ainda 2.578 inscritos que residem fora da freguesia.
No prédio onde se encontra a funcionar o centro de saúde estão actualmente em “serviço efectivo” um total de dez médicos, quatro dos quais, com “contratos de meio tempo”.
A comissão revela também, em jeito de balanço da reunião, que estão [actualmente] ao serviço “médicos com contratos” através de uma “empresa de colocação de mão-de-obra”, com “60 horas de consultas atribuídas, embora estejam autorizadas […] 80 horas” semanais, sendo que alguns destes profissionais exercem a sua actividade neste espaço, em resultado de um “acordo com [a] Misericórdia do Barreiro”, assegurando o atendimento num total de 40 horas por semana.
Falta de profissionais para garantir atendimento normal
A CUSBB adianta ainda que, neste momento, estão ao serviço uma dezena de enfermeiros e que o espaço dispõe agora de uma nova coordenação de Secretaria “por aposentação da anterior”, à qual a comissão expressa o seu reconhecimento “pelo diálogo que sempre […] manifestou”, contudo, diz saber que ainda “há falta de profissionais” que garantam “um atendimento normal”.
Como factores positivos, a CUSBB refere “a reorganização dos serviços de maneira a continuar a atribuição de médico de família a mais utentes” e a melhoria feita à entrada do equipamento, com “a distribuição [de pessoas] pelos respectivos andares do edifício”.
Os representantes foram também informados que voltará a ser brevemente implantada “a linha de atendimento” telefónico, realçando que no início do próximo ano contam fazer um novo ponto de situação deste serviço àquela população.