29 Junho 2024, Sábado

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A esperança

A esperança

A esperança

, Médico
17 Dezembro 2020, Quinta-feira
Mário Moura - Médico|

Segundo as normas da Igreja estamos vivendo um período a que se dá o nome de ADVENTO.

Trata-se dum período de preparação para as festividades do Natal. Um período de espera da chegada de Deus ao meio dos homens, um período de verdadeira ESPERANÇA pois segundo dizem os cristãos esse Deus vem ensinar os homens a viverem a fraternidade, a viverem com o pensamento nos outro nos “outros, nossos irmãos.

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Se pensarmos num mundo onde há cerca de oitenta milhões de pessoas deslocadas dos seus ambientes para fugirem à guerra, se pensarmos que este mundo em que vivemos está caminhando para uma situação de inabitabilidade dentro de mais umas décadas, devido à poluição, ao aquecimento global, às agressões feitas à “mãe terra” para dela extrair as matérias prima para alimentar apenas a ânsia de lucro de alguns, é inevitável concluir que não tem sido a fraternidade que tem orientado quem tem dirigido os destinos das nossas sociedades. Torna-se evidente que muita coisa tem de ser mudada e que , portanto, é necessário aproveitar este período de preparação para o Natal para os homens se decidirem a aproveitar os escombros provocados pela pandemia que nos invadiu para começar novas regras para a reconstrução duma sociedade nova.

Para quem pensa, e sente, que as nossas vidas não podem terminar em pó e vapor de água ou na terra roído pela bicharada, para quem pensa e sente que o “Poder Criador” se fez homem para nos dar o exemplo de como se deve viver para o desenvolvimento e o bem estar dos outros, isto é, trazendo para o centro as periferias para lá centrifugadas pelas regras vigentes, para esses que assim pensam e vivem estamos realmente numa época de ESPERANÇA !

Assim devemos, mesmo com todas as medidas exigidas pela pandemia, viver com intensidade o Natal que se aproxima que vivemos no nosso coração e nos nossos comportamentos e não em festejos, luzes e prendas.

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E este apelo a uma mudança radical de vida e de organização social é pedido com grande pressão por Guterres na ONU, pelo Papa Francisco no Vaticano, por muitos chefes de governo no acordo de Paris e por muitos ecologistas em todo o Mundo.

E para quem pensa que a sua vida não tem sentido nem continuidade basta estar atento às alterações do clima com aumento de temporais variados e destruidores, ás imagens dos degelos dos polos ou simplesmente para as avançadas do mar sobre as praias da Caparica ou sobre as arribas do Algarve e – dizem os peritos – sobre a frequência e severidade dos incêndios.

Diz a sabedoria popular que “a esperança é a última coisa a morrer”, mas para quem se diz cristão ésta é mesmo uma época da Esperança da chegada do AMOR (única definição de Deus nos livros sagrados!) aos homens. E mesmo nesta verdadeira tragédia que é a pandemia que nos obriga a viver a dois metros do próximo, que nos obriga a esquecer os abraços e os beijos, que obriga os mais idosos a viver a solidão e proíbe principalmente os ajuntamentos de pessoas, pensemos todos que a sociedade em que vivemos – mesmo sem corona-virus- é uma sociedade “que mata” e que exclui os mais pobres. POR ISSO TEM DE SER MUDADA!

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