Preservar a memória e o legado do prelado é o principal objetivo do ‘livro’ apresentado via online
Um caderno digital com testemunhos sobre D. Manuel Martins, primeiro bispo da Diocese de Setúbal, foi apresentado na semana passada, ficando assim marcadas as ideias de quem conviveu de perto com o apelidado “Bispo Vermelho”.
O conceito de reunir os textos surgiu de Eugénio Fonseca, da Confederação Portuguesa do Voluntariado, que foi também presidente da Cáritas Portuguesa entre 1999 e 2020, tendo acompanhado D. Manuel Martins nos primeiros tempos em que esteve na frente da diocese.
Preservar a memória e o legado do prelado é o principal objetivo do ‘livro’ apresentado via online no ano em que se comemora o cinquentenário da ordenação episcopal do primeiro bispo da Diocese de Setúbal. “Este caderno prolonga essa missão, reunindo vozes de crentes e não crentes que partilham um mesmo horizonte: a justiça social como expressão do Evangelho e da dignidade humana. A Doutrina Social da Igreja, que movia D. Manuel, permanece um farol de estabilidade e compaixão ativa perante o tempo de desregulação económica e de ameaças populistas às democracias europeias em que vivemos”, lê-se em nota de Imprensa enviada ao nosso jornal.
Descrito como um homem que “saía sem batina, entrava nas casas, partilhava o pão e a palavra” sabe-se que foi apelidado de “Bispo Vermelho” tanto por “provocação” de uns como “admiração” de outros sendo que, quem faz parte desta última parte o considera “o bispo do pão, do emprego e da esperança, aquele que substituía cerimónias por presença e discurso por escuta”.
A sessão de apresentação dos testemunhos decorreu entre as 21h30 e as 22h45 da passada sexta-feira, tendo como orador principal o Professor Doutor Mendo de Castro Henriques, onde os presentes – alguns dos quais contribuíram para a construção desta – falaram sobre a obra.
