Comissão de Utentes diz que o Litoral Alentejano tem 27 mil utentes sem médico de família

Comissão de Utentes diz que o Litoral Alentejano tem 27 mil utentes sem médico de família

Comissão de Utentes diz que o Litoral Alentejano tem 27 mil utentes sem médico de família

Organismo esteve reunido com o conselho de administração da ULSLA e deixou algumas recomendações ao Governo

Mais de 27 mil utentes estão sem médico de família no Litoral Alentejano, sendo que o cenário mais grave é no concelho de Odemira. Esta é uma das conclusões mencionadas pela coordenação das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano no final de uma reunião com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA).

- PUB -

Em informação enviada à redacção d’O SETUBALENSE o organismo que congrega todas as comissões de utentes da região explica que, só no concelho de Odemira, existem 13 mil utentes sem terem médico de família atribuído, destacando que o caso mais grave se verifica na freguesia de São Teotónio que tem cerca de nove mil utentes, seis mil dos quais não têm médico. “Esta situação é insustentável, ou seja, mais de 70% [de utentes] sem médico”, lê-se no comunicado.

“Mais grave ainda, é o Ministério da Saúde, não querer cumprir uma Resolução da Assembleia da República, aprovada em 2011, com os votos favoráveis do PSD, no sentido da reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), 24 horas, do Centro de Saúde de Grândola”, sendo esta outra denúncia.

Referem que dentro da ULS “existem diversas privatizações internas”, designadamente no serviço de Imagiologia e em Sines, na Unidade de Saúde Familiar “Porto de Mar”, bem como na Ortopedia e nos Centros de Responsabilidade Integrados de Oftalmologia do Hospital do Litoral Alentejano. Nesta unidade hospitalar, referem, não estão a ser cumpridos mais de “20% dos tempos máximos de resposta garantidos”, nomeadamente em consultas e cirurgias.

- PUB -

Em Grândola, mais especificamente na localidade de Canal Caveira, o organismo aponta que os utentes estão “desprotegidos no que diz respeito a consultas médicas” – porque só têm atendimento médico uma vez por mês – e, em Santiago do Cacém, que está a ser demorada a construção do edifício do centro de saúde.

“Os Utentes do Litoral Alentejano, irão continuar sempre a lutar, pela reposição das melhorias do Serviço Nacional de Saúde, aqui na região”, escrevem ao descreverem uma série de medidas que consideram ser de necessária e urgente resolução por parte do Governo – e mais propriamente do Ministério da Saúde.

Pedem assim a contratação de mais profissionais de saúde, bem como o incentivo à contratação e a aplicação da medida de dedicação exclusiva a diversos profissionais. Referem também a construção da maternidade do HLA e o fim de todas as taxas moderadoras.

- PUB -

Querem ainda a “reversão dos meios complementares de diagnósticos e de empresas privadas para toda a ULSLA”, o “fim da privatização do serviço de Imagiologia do HLA”.

Não deixam de solicitar o regresso da Unidade de Saúde Familiar “Porto de Mar”, em Sines, bem como a sua conversão para Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -

Apoie O SETUBALENSE e o Jornalismo rumo a um futuro mais sustentado

Assine o jornal ou compre conteúdos avulsos. Oferecemos os seus primeiros 3 euros para gastar!

Quer receber aviso de novas notícias? Sim Não