Apresentação do cabeça-de-lista juntou centenas no Ginásio Atlético Clube e contou com a presença de Paulo Raimundo
Confiante e assertivo. Foi assim que João Pedro Figueiredo se apresentou como cabeça-de-lista da CDU à Câmara da Moita perante centenas de apoiantes que marcaram presença na cerimónia, realizada na passada quinta-feira nas instalações do Ginásio Atlético Clube da Baixa da Banheira e que contou com a participação de Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP.
Os comunistas apostam forte em recuperar o poder num concelho que sempre dirigiram até às últimas autárquicas, em 2021. E João Figueiredo é o espelho da confiança, que está instalada entre eleitos, militantes e simpatizantes da CDU.
A coligação vai disputar as próximas eleições autárquicas “para vencer em todas as autarquias do concelho da Moita, não pelo poder em si, mas para interromper o ciclo de degradação a que o PS tem conduzido o concelho”, assumiu o candidato à presidência da Câmara Municipal.
João Figueiredo apontou ao slogan da CDU – trabalho, honestidade e competência – para realçar a diferenciação para outras forças políticas, que, no seu entender, se destaca pelo “cumprimento das promessas” por parte da coligação. Algo que, na óptica do comunista, é difícil de se ver nas forças políticas adversárias. E deu como exemplo o processo de agregação de freguesias “iniciado por PSD e CDS, mas que no concelho encontrou no PS o chumbo” que evitou a reversão da medida, “contrariando tudo o que foi prometido anteriormente”.
O candidato da CDU acusou o PS de “incapacidade para programar o futuro” e para assegurar a manutenção de “serviços públicos” em áreas como as “da educação e da higiene e limpeza urbana”. E criticou “a degradação das estradas, onde praticamente não existiram asfaltamentos”, e “os dois anos que o PS demorou para resolver o famoso ‘buraco’ da marginal” na Moita.
Para o comunista, a actual gestão municipal socialista “pouco mais fez do que inaugurar obras da CDU” e, além de “incapacidade para atrair investimento”, tem registado “ausência de políticas eficazes nas áreas de habitação, social, ambiental, desporto e cultural”.
“Sou apenas um de um grande conjunto de homens e mulheres que nos próximos anos vão estar convosco a executar um projecto autárquico em que todos contam e onde contamos com todos”, atirou João Figueiredo.
Antes, Humberto Faísca, membro da Direcção Regional do PCP e responsável concelhio da Moita, e Heloísa Apolónia, em representação do Partido Ecologista “Os Verdes”, enalteceram o papel da CDU. E Heloísa Apolónia salientou que João Figueiredo “será o primeiro de uma equipa de muitas pessoas comprometidas com o desenvolvimento do concelho da Moita”, desenvolvimento que na sua perspectiva “só será possível com a CDU”.
Coube a Paulo Raimundo, líder do PCP que reside em Alhos Vedros, a última intervenção da noite.
Além de realçar as características de João Figueiredo, desde logo “a capacidade” do candidato em “ouvir e fazer pontes com todos”, o comunista apontou também baterias aos socialistas, ao lembrar o slogan do PS num outdoor nas últimas autárquicas que apelava à “Coragem para Mudar”.
A mudança verificada, considerou Paulo Raimundo, “foi para para um concelho a definhar”. O secretário-geral do PCP terminou a intervenção a afiançar que irá festejar a vitória da CDU no concelho da Moita”, porque “as pessoas merecem ter gente capaz, competente e com projecto para gerir os destinos do concelho”.
A sessão fechou ao som da “Carvalhesa”, interpretada pelos “Gaiteiros dos Courelas”.
