Espaço foi reabilitado e volta a estar aberto a visitantes. Projecto contou com a participação da empresa Ribeiralves

Carlos Albino, presidente da Câmara Municipal da Moita, e Herculides Pereira, de 96 anos e antigo salineiro, cumpriram o ritual simbólico no passado sábado. Descerraram a placa de inauguração da renovação das instalações do Sítio das Marinhas – Centro de Interpretação Ambiental, localizado na União das Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos. O espaço volta, assim, a estar aberto aos visitantes, mas agora de “cara lavada” e com melhores condições.

“Encontramos agora um espaço bonito, requalificado, umas instalações amigas do Ambiente, que não eram no passado. Os funcionários estão muito motivados, porque fazem o que mais gostam, onde se pode apreciar a natureza e a avifauna”, disse Carlos Albino, em declarações recolhidas em vídeo pelo município, durante a cerimónia de inauguração.

A intervenção, que abrangeu o centro de interpretação ambiental e toda a zona envolvente, contou com o apoio da Riberalves. A empresa, divulgou a autarquia, contribuiu em regime de mecenato “para que a exposição, composta por vários painéis interpretativos, que agora se encontra no exterior, pudesse estar à disposição de todos”.

E o presidente da autarquia realçou o envolvimento no projecto por parte da empresa ligada à indústria e transformação de bacalhau. “A maior importância de termos parceiros locais, nomeadamente neste projecto tivemos o apoio da Riberalves, é acima de tudo acreditarem naquilo que estamos a fazer, é uma validação extra. Não somos só nós, autarquia, a acreditar nestes projectos, mas também os privados acreditam. E é uma forma de eles próprios devolverem um pouco do que têm à comunidade”, salientou o autarca.

Marina Reis, directora da fábrica da Riberalves na Moita, representou a empresa no evento. A responsável lembrou que a empresa tem sediada no concelho moitense a sua maior unidade fabril de produção e revelou que a ideia do município foi desde logo bem acolhida. Não só pelas características do projecto como também por o mesmo estar associado a um ingrediente fundamental para aquele que é o produto principal da empresa.

“Fomos desafiados pelo presidente [da Câmara Municipal da Moita], que nos mostrou o projecto e, para nós, fez logo, desde a primeira hora, muito sentido participarmos. Ainda para mais, olha-se para o sal produzido, que é um dos ingredientes fundamentais para o nosso bacalhau, reconhecido em todo o mundo”, disse.

A directora da fábrica da Riberalves na Moita elogiou, de seguida, o resultado final da operação levada a efeito no Sítio das Marinhas. “Superou todas as expectativas. Há aqui muito amor, muita dedicação, em toda a obra e enche-nos de orgulho estarmos envolvidos num projecto desta dimensão”, vincou a responsável da empresa.

Segundo o município, o agora renovado Sítio das Marinhas – Centro de Interpretação Ambiental “está disponível para visitas de estudo, mas também para a população em geral, com entrada gratuita”. O espaço possibilita a observação da riqueza ambiental existente naquela zona, desde as várias espécies que compõem a avifauna à flora local, além da tradição salineira.

Intervenção Melhores condições e exposição transferida para o exterior

A reabilitação operada permitiu ao Sítio das Marinhas – Centro de Interpretação Ambiental passar a apresentar novas instalações “mais amigas do Ambiente e em perfeita integração com o meio envolvente”, salienta a Câmara Municipal da Moita. Até porque, defende o município, a intervenção vem, desde logo, proporcionar “melhores condições aos visitantes, que podem desfrutar, no local, da natureza, da avifauna e da flora endémica”.
O município destaca ainda uma alteração promovida no âmbito da execução do projecto. “A exposição que se encontrava dentro dos antigos contentores passou também a ter outros moldes, sendo agora exibida em painéis no exterior, com QR codes que remetem para a página de Internet do município, onde se pode aceder a informação mais detalhada sobre as temáticas [ligadas àquele espaço]”, faz notar a autarquia, a concluir.