20 Maio 2024, Segunda-feira

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Troca de acusações na Junta de Freguesia do Samouco após renúncias no executivo

Troca de acusações na Junta de Freguesia do Samouco após renúncias no executivo

Troca de acusações na Junta de Freguesia do Samouco após renúncias no executivo

Secretária Clara Vila Cova acusa presidente Leonel Fina de irregularidades. Autarca garante serem mentiras e prevê futuro político da secretária no Chega

 

A Junta de Freguesia do Samouco está perante um grande conflito interno, que levou à renúncia de mandato do presidente do executivo, Leonel Fina, e da secretária, Clara Vila Cova. Após trocas de acusações e denúncias feitas por Clara Vila Cova ao Ministério Público, relativamente a supostas ilegalidades cometidas por Leonel Fina, que garante tratarem-se de mentiras, os dois membros parecem estar mesmo de saída do executivo. O presidente do executivo mostra-se ainda  confiante que Clara Vila Cova pretende no futuro candidatar-se a cargos políticos pelo Chega.

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Clara Sofia Cova falou a O SETUBALENSE, esclarecendo que houve renúncia de mandato porque fez denúncia do presidente às entidades competentes devido a “irregularidades” dentro da junta de freguesia. “Houve a minha renúncia e ele veio comigo”, garante, acrescentando que existiu um “conflito interno muito grande”, por “irregularidades que o presidente estava a cometer”. “Eu denunciei, os processos agora estão a decorrer. Eu pedi a renúncia e ele veio comigo”, reforça.

A ainda secretária explica que está no processo como denunciante de “alguns actos irregulares que o presidente praticou dentro da junta” e que, com essa situação, propôs-se a sair, mas o Leonel Fina teria de sair com a secretária. “Não pode estar ali a ocupar este cargo perante as irregularidades que ele tem feito nesta junta”, remata.

 

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Presidente desmente irregularidades e antevê futuro de secretária no Chega

Confrontado com estas afirmações, Leonel Fina garante que “não houve irregularidade nenhuma”, explicando quais as alegadas irregularidades de que foi acusado.

“Acusou-me de várias coisas, uma delas foi não pedir o seu parecer para nada, ou seja, fez uma queixa por eu lhe ter tirado o acesso ao que se passava na junta”, afirma, explicando o porquê de o ter feito. “Não posso ter confiança numa pessoa que me anda a trair”, elucida.

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Em declarações a O SETUBALENSE, o líder do executivo samouquense explicou ainda que outra das queixas foi sobre os atestados de residência. “A Clara Vila Cova estava a obrigar-me a cometer uma ilegalidade, que era exigir às pessoas o que não devia exigir”. O autarca abordou também outra queixa, que considerou como “outra das mentiras”, que é relativamente a uma encomenda dos CTT assinada pelo ainda presidente.

Quanto à ordem de saída do executivo, mais uma vez, as versões defendidas são contraditórias. “Eu depois de a forçar a renunciar ao cargo é que renunciei. Como ela não queria sair, eu propus a saída dela e eu saia a seguir”. Relativamente ao conflito interno, Leonel Fina garante que não era disso que se tratava, mas sim de “tentativas de armadilhas”.

O autarca analisou ainda aquilo que podia ser o futuro político da secretária. “Não é por acaso que o marido dela faz parte da lista do Chega, daí começar a achar estranho tantas armadilhas. Acredito e tenho praticamente a certeza de que ela se vai candidatar à junta por outro partido, mas isso o povo é que decide”, afirmou.

Sobre este mandato, Leonel Fina assegura que o cumpre por “amor à terra”, realçando que o seu vencimento “sempre foi oferecido”, mas que “desta forma” não consegue continuar, sublinhando ainda que não teve o “apoio político necessário”, por parte do partido.

Quanto ao futuro, garante que nunca se tinha imaginado no mundo político, e aquilo que fez foi de “coração pela terra”, mas que depois desta “desilusão tão grande com algumas pessoas”, não tenciona voltar ao mundo da política. “A minha vida politica termina aqui”, concluiu.

Futuro da Junta de Freguesia

Como O SETUBALENSE já havia adiantado, a decisão da saída da Junta de Freguesia do Samouco está tomada há alguns dias, mas só vai ser tornada oficial na quarta-feira, dia 2 de Maio. Desta forma, os membros da lista do executivo devem subir, com Joel Rodrigues, actualmente na posição de tesoureiro, a assumir o cargo de presidente.

Os documentos oficias da saída já estão assinados, mas a data indicada no documento é a de 2 de Maio, uma vez que se realiza esta terça-feira a Assembleia de Freguesia do Samouco, onde Joel Rodrigues, ainda enquanto tesoureiro, vai apresentar as contas da freguesia samouquense.

Tendo em conta que a decisão da saída de Leonel Fina e Clara Sofia Cova do executivo samouquense não está contemplada nos pontos de discussão da assembleia de freguesia, o assunto só poderá ser discutido no período antes da ordem do dia.

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