Na Assembleia Geral, que reuniu na segunda-feira à noite mais de 800 associados no pavilhão Antoine Velge, a direcção do Vitória FC disse estar em negociações com um investidor inglês que se propõe assumir a dívida do clube, já inscrito na 2.ª divisão distrital da Associação de Futebol de Setúbal. A contrapartida, caso os sócios do emblema sadino venham no futuro a aprovar a entrada do novo investidor, será a implementação de um projecto imobiliário nos topos Norte e Sul do Estádio do Bonfim, que dará lugar a um novo, moderno e funcional recinto.
Depois de os sadinos não terem obtido o licenciamento para competir nas provas organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol, assumiu-se que, em termos desportivos, o objetivo passa por levar os sadinos à I Liga em cinco ou seis anos. Confirmada a liquidação da SAD do Vitória, cujo accionista maioritário é o empresário Hugo Pinto, o advogado David Leonardo, presidente da mesa da Assembleia Geral (MAG) dos vitorianos, considera que a proposta apresentada é a solução encontrada para salvaguardar o nome do centenário clube e tudo o que este representa. “Chegou-se à conclusão que a parceria com o investidor Hugo Pinto não é mais viável. Teve de se encontrar um novo parceiro. A direção do clube apresentou uma solução que nos parece interessante e que nos dá garantias de ser um projeto que vai permitir viabilizar o plano de recuperação do clube”, vincou.
Numa opinião que foi também partilhada pelo presidente do clube, Carlos Silva, o líder da MAG mostra-se otimista na solução apresentada na Assembleia pelos representantes legais do investidor, confiando que o clube vai conseguir voltar às provas nacionais. “Além da questão financeira, ao mesmo tempo, a entrada de um novo investidor permitirá ter um projeto desportivo à altura do que o Vitória pretende, procurando chegar num curto espaço de tempo às divisões a que pertence”, referiu David Leonardo, salientando a importância das presenças do advogado que lidera a coordenação jurídica deste novo projeto (Fernando Veiga Gomes) e da pessoa que vai liderar a vertente desportiva (ex-internacional sub-21 português Filipe Morais), fazendo a ponte entre a gestão e o futebol.