Entre a educação e a música

Entre a educação e a música

Entre a educação e a música

“Porque somos nós que criamos o amanhã”

Maria Barreiros, descreve-se como “empática”, mas é na pluralidade das suas vivências que encontramos a sua verdadeira essência, “achei mesmo que eu tinha que experimentar um bocadinho de tudo aquilo que era a vida académica”. Licenciada em Educação Básica pela Escola Superior de Educação, seguiu o exemplo da mãe tornando-se professora, mas “sempre disse que não seria este o caminho”. Foi aqui que nasceu o seu amor pela educação, transformando a sua vida e levando-a até à sua “casa”. “A ESE foi a minha primeira opção”, uma instituição onde os corredores são palco de aprendizagens profundas e as docentes, como Joana Brocardo e Helena Simões são “exemplos sólidos”, de profissionalismo e humanidade. Foram estas professoras que acabaram “por me guiar e orientar na licenciatura e foi um ponto de referência muito importante para mim”. Porém, foi além das salas de aula que Maria Barreiros encontrou o grande pilar da sua jornada académica. Foi na Semana de Acolhimento, arrebatada pela magia das vozes e dos instrumentos que enchiam a ESE de alegria, que entrou na Tuna Sadina, “partilhamos todas o mesmo gosto pela música e o clima que temos dentro da Tuna é mesmo um clima de família em que não há superioridade”. Mesmo depois de terminar a licenciatura, não consegue estar longe do Politécnico, “quando nós entramos na Tuna, somos sempre da Tuna”. É muito mais do que um grupo musical, “é um espaço de união, partilha e construção de memórias”. // Atualmente, tem uma “profissão de enorme responsabilidade”, enquanto professora do pré-escolar, “porque somos nós que criamos o amanhã”. Ao desempenhar o papel de educadora multifacetada, “consigo aproveitar aquilo que a Tuna me deu para alicerçar a minha profissão”, desde o teatro, a educação física e a música, onde acaba por aplicar “o que a Tuna me deu nas aulas que dou”. Um conselho que deixa a todos os que desejam ser professores é que “sejam resilientes, educar é um grande desafio”, ressaltando que “quando se tem gosto naquilo que se faz, consegue-se”. Representar a Escola Superior de Educação, ao ostentar um traje único, “inspirado na Luísa Todi”, é para a tunante um ato de amor e respeito, que faz perdurar os valores académicos, que se tem vindo a desvanecer, “infelizmente, esta tradição está a perder-se”. Apesar de já ter experienciado outros ambientes de Ensino Superior, não esquece a escola setubalense, que “tem uma enorme capacidade de criar um cordão umbilical com os alunos que por aqui passam, marca-nos sempre de alguma maneira”. “A ESE é mesmo isso, é uma casa, uma família”.  

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