Dos saltos para a água ao ensino do desporto

Dos saltos para a água ao ensino do desporto

Dos saltos para a água ao ensino do desporto

“Penso que o grande objetivo é tentar ajudar a ESE e o IPS a crescerem”

“Eu cheguei num período conturbado, o curso, não tinha docentes”, Mário Espada professor na Escola Superior de Educação desde 2013, apaixonado pela educação física e pelo ensino, viveu momentos difíceis aquando da sua chegada ao Instituto “O que eu me lembro foi que tínhamos de fazer tudo para ontem”, desafio este que encarou com muito compromisso e seriedade, dois adjetivos que o caracterizam. Apaixonado pelo desporto desde a tenra idade, iniciou na natação aos quatro anos “por recomendação médica, como a maioria dos jovens”, intercalou as piscinas do Clube Naval Setubalense, com os longos “voos” nos campos de futebol ainda em areia “joguei nos Pelezinhos no futebol, em Montemor e em Sesimbra, mas já era sénior”. Desde sempre teve uma visão virada para a educação, perceber o porquê de os treinadores executarem aqueles exercícios, levou o professor a ser o que é hoje em dia “nós quando somos atletas, às vezes não percebemos bem porque fazemos esta tarefa e eu comecei a querer perceber isso”. Entre a sua vida desportiva como atleta de natação e de futebol, iniciou os estudos, começou por tirar uma Licenciatura em Ciências do Desporto, mais tarde fez uma pós-graduação em Fisiologia do Exercício “esta é a minha área de investigação, e a minha área de eleição”. Em 2015 enfrentou um dos desafios mais difíceis enquanto docente da ESE, a criação do Curso Técnico e Superior Profissional (CTeSP) de Desportos da Natureza, que só se iniciou no ano de 2017, um procedimento que considerou muito difícil devido às exigências que são impostas “Foi possivelmente, entre muitos, felizmente nós temos muitas coisas, esse foi o que exigiu mais”. Mário Espada, além de ser um dos pioneiros deste curso ainda é coordenador, responsabilidade que acredita ser muito preponderante para despertar o interesse dos alunos “Os maiores desafios é envolvê-los e motivá-los nas disciplinas teóricas não é fácil”. Aos 45 anos de vida, não ambiciona sair da Escola “Penso que o grande objetivo é tentar ajudar a ESE e o IPS a crescerem”. Uma das dificuldades que o professor vê neste momento para a Licenciatura em Desporto é a criação do mestrado “Acho que temos condições para isso, temos produção científica e temos docentes”. Mário Espada olha ao seu redor, observa que na margem sul existe um potencial desportivo muito grande que não é aproveitado, criticando também as Câmaras Municipais que não investem “o desporto tem sido sempre colocado, em terceiro e quarto plano”. Com uma década de casa, o professor vê a escola que o acolheu como tendo um grande impacto na região, uma das referências deste momento no país.

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