Além dos livros

Além dos livros

Além dos livros

O desafio de ensinar o mundo

“Eu sou uma pessoa que dá aulas em todas as escolas”, afirma Marta Arguello, reflete a ideia de que a arte do conhecimento é muito mais que ocupar diferentes salas “é um desafio conhecer pessoas de outras escolas, é como explorar novas culturas”. A versatilidade é, sem dúvida, um dos traços que melhor define a sua personalidade “comecei a trabalhar na ESE em 1987 no projeto CEO e depois entrei na função pública como docente na ESE em 1990. Contudo, destaca-se o seu profundo fascínio pela educação social, como coordenadora do CTESP de Serviços Familiares e Comunitários que visa “incentivar os alunos à integração dentro da escola e nas diversas atividades”, promovendo um ambiente onde as aprendizagens vão para além dos livros.“A mim continua a entusiasmar-me a ideia de poder ajudar e trabalhar com estes estudantes”, realça. O trabalho com os alunos é mais do que uma simples profissão, é uma oportunidade de fazer a diferença tanto na vida deles como na vida de milhares de famílias “no sentido de poderem continuar os seus estudos e de poderem realizar muitos sonhos de muitas famílias”. Destaca a importância do respeito e da ética no trabalho “especialmente quando lidamos com informações e realidades que muitas vezes são absolutamente desconhecidas”, mais do que preparar os alunos para o mercado de trabalho, a missão é prepará-los para a vida, ensinando valores como a responsabilidade ao lidar com situações delicadas, a solidariedade e a compaixão “olhar para o outro, saber ouvir, ter em conta, no fundo, as dificuldades que há nas pessoas”. Ao falar do papel preponderante do curso, esboça um sorriso “o trabalho que fazem é aproximar a família da escola”, existe uma ideia de integração e sentido de comunidade, uma vez que “os pais vão deixar as crianças à escola e não querem saber, depois vão buscar”. Através dos profissionais inseridos na área, o panorama frequentemente utilizado pode ganhar outra dimensão social, “quase de reumanizar as relações entre as pessoas”. Além disso, reflete sobre a necessidade de inovação “acho que devíamos olhar para os conteúdos do curso e renovar”, salienta. Aos jovens que estão agora a acabar o curso aconselha vivamente que encarem a licenciatura como uma oportunidade de expandir novos horizontes “é como fazer um pré-universitário, já tiveram dois anos aqui na escola e trazem muita experiência prática do terreno”. No entanto, confessa: “Um plano futuro, poderia ser algum dia termos uma licenciatura em serviço social, por exemplo, porque isso daria continuidade ao curso”. “Desafio” é a primeira palavra que ocorre quando questionada face à definição da ESE “é assim um universo muito grande” culmina.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -

Apoie O SETUBALENSE e o Jornalismo rumo a um futuro mais sustentado

Assine o jornal ou compre conteúdos avulsos. Oferecemos os seus primeiros 3 euros para gastar!

Quer receber aviso de novas notícias? Sim Não