Socialistas acusam CDU de colocar Moita à margem do desenvolvimento
Os vereadores eleitos pelo PS na Câmara da Moita consideram que 2020 foi “um ano de especial exigência, para todos, desde o sector privado até ao público, seja o Governo ou as autarquias”, afirmam na declaração de voto apresentada aquando da discussão do Relatório de Gestão e Contas do município, justificando posteriormente os motivos que estiveram na origem do voto contra aquele documento.
Os autarcas afirmam ter lembrado, desde a primeira hora, que estariam ao dispor da autarquia “para colaborar em tudo o que for necessário”, tendo manifestado o seu “empenho em contribuir para este esforço colectivo”. Todavia, em comunicado, referem que o presidente Rui Garcia “optou por seguir orgulhosamente só, com os seus, e aqueles que sustentam esta maioria quer pela acção ou pela inacção”, criticam.
Os socialistas destacam que neste ano sobre o qual se debruça o Relatório e Contas, há a “destacar o esforço de colaboração entre todos os agentes de saúde pública, protecção civil, trabalhadores da área social e […] de sectores essenciais, que correndo riscos acrescidos, se colocaram e continuam a colocar, diariamente, ao serviço dos outros, dando o seu melhor para garantir o bem-estar de todos”, ressalvam.
No que diz respeito às contas, os vereadores do PS dizem “acreditar” que “estão correctas”. No entanto, relativamente ao Relatório da Actividade, consideram que “está elaborado de forma a dar suporte a uma gestão política fortemente vincada pela estratégia e opções de uma parte do executivo”, e que se distanciam daquelas que o PS “defende para um concelho melhor”.
No mesmo documento, os vereadores da oposição consideram que, durante o período em análise, “ficou patente através desta prestação de contas do que foi executado” e acusam a CDU de apostar em opções que colocam o município “à margem do desenvolvimento” e a sua “incapacidade de apresentar soluções”, resultando, a título de exemplo, “na perda de investimento previsto” no que toca ao “desassoreamento” do cais de Alhos Vedros.
Para os eleitos socialistas, a Moita necessita de “mais e melhor” investimento, que proporcione “progresso” e a “qualidade de vida que ambicionamos”, contrariando assim o envelhecimento demográfico e o êxodo de jovens do território, fugindo à logica de concelho “dormitório” e à “falta de atractividade e emprego”. Perante o documento, realçam que mantiveram a avaliação de anos anteriores e que, por essa razão, decidiram votar contra.