Ministra do Ambiente elogia operação de salvamento e realça trabalho do ICNF e empresa Flying Sharks
Um tubarão perna-de-moça (Galeorhinus galeus) foi no passado sábado, 13 de Julho, resgatado da Lagoa de Santo André, em Santiago do Cacém, e devolvido ao Atlântico. A operação envolveu vigilantes da natureza do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e elementos da Flying Sharks, empresa especialista em captura e transporte de tubarões.
Este exemplar, trata-se de um tubarão fêmea adulta, com 1,5 metros, e foi detectado na Lagoa de Santo André a 12 de Julho, por uma equipa de vigilantes da natureza da Direcção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo. Ao longo do dia, foi monitorizado, havendo a expectativa de, à hora da maré cheia, pudesse escapar sozinho ou ser conduzido para o mar aberto, caso se verificasse contacto entre as águas do interior da lagoa e o oceano.
Mas o esperado não veio a acontecer e, considerando que esta lagoa no Alentejo não poderia satisfazer as condições ecológicas para a sua sobrevivência durante muito tempo, o animal foi capturado e libertado a mar aberto.
“Felicito todos os envolvidos neste trabalho, que permitiu devolver ao mar este tubarão fêmea, que não iria sobreviver se continuasse na Lagoa de Santo André”, comentou na altura a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, acrescentado que acções de salvamento como esta, praticadas pelo ICNF, “são de extrema importância para a preservação da vida marinha”, sinalizando ainda que os tubarões perna-de-moça “desempenham um papel vital no ecossistema oceânico e é nosso dever protegê-los de qualquer tipo de ameaça”.
O tubarão perna-de-moça vive nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, e pode atingir dois metros de comprimento. Alimenta-se essencialmente de peixes ósseos e cefalópodes (polvos, lulas, etc.). Recorde-se que a Lagoa de Santo André foi aberta ao mar em Abril para a habitual renovação da água e das espécies