28 Junho 2024, Sexta-feira

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Transporte fluvial no Tejo está em ‘estado de degradação continuada’

Transporte fluvial no Tejo está em ‘estado de degradação continuada’

Transporte fluvial no Tejo está em ‘estado de degradação continuada’

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Deputada de ‘Os Verdes’ diz que vai questionar Governo e apresentar projecto de resolução ao parlamento. Heloísa Apolónia reuniu-se com as comissões de utentes de Montijo, Seixal e Barreiro. Serviço prestado por Transtejo e Soflusa continua a causar acentuados constrangimentos

Num estado de “degradação continuada”. É assim que a deputada Heloísa Apolónia, do grupo parlamentar ‘Os Verdes’, vê o serviço de transporte fluvial que tem vindo a ser prestado por Transtejo e Soflusa, na ligação das duas margens do Tejo. Os utentes, de resto, têm sentido na pele os atrasos de carreiras ou até mesmo o cancelamento das mesmas, com os impactos negativos daí resultantes na hora tardia de chegada aos postos de trabalho ou a estabelecimentos de ensino superior, por exemplo. A situação não é nova, a resolução tarda e os utentes, dia após dia, apresentam-se para embarque apertados por um espartilho de imprevisibilidade e, em alguns casos até, com uma sensação angustiante de insegurança.

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Heloísa Apolónia, tal como qualquer outro deputado parlamentar minimamente atento, sabe disso. Mas, na última segunda-feira, quis inteirar-se melhor junto daqueles que sofrem diariamente com a incerteza e falta de condições, deslocando-se a Montijo e Barreiro. Reuniu-se, assim, com a Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho do Montijo e com a Comissão de Utentes dos Transportes do Seixal, na cidade montijense, e com a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro, deixando a garantia de que irá questionar o Governo sobre a matéria e a promessa de apresentar um projecto de resolução ao parlamento.

“Existe uma degradação continuada na Transtejo e na Soflusa. Os horários não são cumpridos, os navios estão degradados, tem havido um paupérrimo investimento na manutenção e reparação e são suspensas diversas carreiras todos os dias”, resumiu a deputada de ‘Os Verdes’ em declarações à agência Lusa, lembrando que o transporte fluvial é essencial para muitas pessoas que fazem as deslocações diárias entre a margem sul e Lisboa e que a desconfiança tem vindo a aumentar.

“Estas situações têm impactos na vida dos utentes e nos seus empregos. Podem falhar com as suas obrigações sem ser por descuido seu, mas porque os transportes falharam e já existe até a ideia de quem emprega que as pessoas da margem sul têm problemas nas deslocações”, explicou.

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Heloísa Apolónia sublinhou que, devido à “descredibilização e fiabilidade cada vez menor”, as pessoas têm a tendência para utilizar as suas viaturas próprias. “Este facto tem efeito no desafio das alterações climatéricas, em que um dos objectivos é diminuir os gases com efeito de estufa, reduzindo o transporte individual e apostando no colectivo”, apontou.

A deputada deixou por isso a garantia de que irá questionar, em breve, o Governo sobre os problemas nas empresas responsáveis pelas ligações fluviais no rio Tejo e prometeu que irá preparar um projecto de resolução para apresentar no parlamento.

DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa

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