Em caso de resposta negativa, profissionais vão avançar para dois dias de greve por mês
Os trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo (TST) acordaram hoje dar 15 dias à empresa para responder à exigência de actualização salarial e, em caso de resposta negativa, vão avançar para dias de greve, segundo fonte sindical.
Os profissionais dos TST, que servem a Península de Setúbal, estiveram hoje de manhã reunidos em plenário para discutir a actualização salarial, a criação de um acordo de empresa e a situação de créditos vencidos.
“Os trabalhadores decidiram no plenário apresentar uma proposta à empresa de actualização salarial de 50 euros para o salário dos motoristas, que ficou suspenso no caderno reivindicativo por causa da pandemia de covid-19”, disse à Lusa João Saúde, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
De acordo com João Saúde, os sindicatos vão reunir-se na sexta-feira e depois entregar à empresa as decisões do plenário.
“A partir daí vamos dar 15 dias à empresa para responder. Em caso de resposta negativa, os sindicatos mandatados pelos trabalhadores irão partir para dois dias de greve por mês”, adiantou.
Segundo João Saúde, os trabalhadores exigem a actualização dos seus vencimentos porque entendem que “não podem estar a ganhar o salário mínimo nacional”.
“A profissão de motorista é uma profissão de grande responsabilidade e sujeita a um esforço tremendo em termos de horários”, disse.
Em cima da mesa, de acordo com João Saúde, estiveram também as negociações relativamente à criação de um acordo de empresa e a situação de créditos vencidos.
“Esta empresa sempre mostrou vontade de criar um acordo de empresa e não subscrever ou encaminhar-se para um contrato colectivo de trabalho do sector privado de passageiros. Em cima da mesa esteve também a situação dos créditos vencidos pelos trabalhadores, de pagamentos ao trabalho extraordinário que ao longo dos anos não foram sendo feitos”, sublinhou.
No entanto, João Saúde disse que, neste momento, o foco dos trabalhadores está na atualização salarial.
DD / Lusa