Teresa Almeida, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), considera que “a Área Metropolitana de Lisboa (AML) não pode abdicar do que a Península de Setúbal pode fazer pela região e pelo País”.
“Margueira, Siderurgia e Quimiparque são espaços de grande dimensão que podem contribuir para diferenciar a região”, exemplificou a responsável – no forum promovido esta sexta-feira pela AISET no Politécnico de Setúbal – sobre a capacidade que estes espaços de grandes indústrias do passado podem ter enquanto “aceleradores” na reindustrialização do futuro.
Um potencial da região que com as infra-estruturas portuárias de Setúbal, e também de Lisboa, será reforçado “pelo novo aeroporto, novas rodovias e pela ligação ferroviária Badajoz-Sines”, lembrou.
Vantagens a aproveitar, já que confirmada está há mais do que muito “uma falta de capacidade financeira para vir ao encontro das necessidades não só da Península de Setúbal mas de toda a AML”, que “carece de apoios” para responder às assimetrias que apresenta. “Há pobreza, há dificuldades, há necessidade de apoios…”, frisou.
Daí a importância de uma “resposta robusta” como a proporcionada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que “pode não ser cabal mas que pela primeira vez identifica as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto para apoios específicos em áreas que nunca foram apoiadas: a habitação e as pessoas mais desfavorecidas”.
Teresa Almeida deixou, todavia, um alerta: “É importante que haja transparência e regras claras no acesso aos fundos do PRR. Não estão ainda claras as formas como as empresas podem ter acesso. As respostas têm de ser dadas também na Península de Setúbal”, finalizou.