A redução do número de camas e o encerramento de alguns serviços na unidade hospitalar do Litoral Alentejano são as consequências apontadas pelos sindicalistas, que consideram que, assim, será favorecido um hospital privado em Sines
Mais de duas dezenas de sindicalistas afectos às CGTP alertaram esta quinta-feira para as consequências da redução de enfermeiros no Hospital do Litoral Alentejano (HLA), que dizem prejudicar o Serviço Nacional de Saúde e favorecer um hospital privado de Sines.
“A informação que temos é que a redução do número de enfermeiros – o hospital já prescindiu de 35 enfermeiros contratados – terá como consequência a redução do número de camas e o encerramento de alguns serviços no HLA, o que, na prática, favorece os interesses de um hospital privado de Sines”, disse à agência Lusa Luís Leitão, coordenador da União de Sindicatos de Setúbal (USS).
O dirigente da USS falava após a reunião de delegados de diversas estruturas sindicais afectas à CGTP nos quatro concelhos do litoral alentejano – Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines -, que reuniram quinta-feira em Sines tendo em vista a mobilização dos trabalhadores para a manifestação da CGTP do dia 9 de Junho em Lisboa.
Além da preocupação com a situação no HLA, os sindicalistas expressaram apoio à luta dos professores, que exigem a contagem na íntegra do tempo de congelamento na carreira (nove anos), e à luta dos trabalhadores da Petrogal, em defesa do Acordo de Empresa.
No encontro que decorreu em Sines, os sindicalistas lamentaram ainda a posição dos quatro municípios do litoral alentejano, que ainda não responderam ao caderno reivindicativo que lhes foi apresentado pelos trabalhadores.
Lusa