Na apresentação da carta aberta dirigida ao primeiro-ministro participam representantes das organizações de pesca e da autarquia
Uma carta aberta, a ser enviada ao primeiro-ministro, a exigir acessos ao Porto de Abrigo de Sesimbra vai ser dada a conhecer amanhã, sexta-feira, às 15h00, em directo no canal Youtube e Facebook da câmara municipal. O documento foi subscrito por seis associações, sete operadores e mais de uma centena de armadores de pesca.
Na apresentação online da carta aberta dirigida a António Costa, vão participar representantes das organizações de pesca e da autarquia.
As intervenções estão por conta de Manuel José Gomes Pólvora dos Santos, presidente do conselho de administração da ArtesanalPesca – Organização de Produtores de Pesca, CRL, de António José Azevedo Coelho, presidente da Associação dos Armadores de Pesca Artesanal e Local do Centro e Sul, Luís Domingos do Ò Pinhal, director da Sesibal – Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines, CRL e de Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra.
A carta aberta, a ser enviada pelo presidente da câmara de Sesimbra ao chefe do Governo, “exige a melhoria dos acessos ao Porto de Abrigo de Sesimbra”, nomeadamente “com a construção de uma variante, prevista há mais de duas décadas, e constantemente adiada”, avança a autarquia em comunicado.
Os signatários da carta aberta lembram que o Porto de Sesimbra “é há vários anos o principal porto de pesca do País em termos de volume de pescado, e o segundo em valor de venda”. Referem ainda que esta infra-estrutura portuária “tem recebido fortes investimentos, tanto públicos como privados, para a sua modernização, de que é exemplo o Cais 4, um investimento de quase 4 milhões de euros”. No entanto, “os acessos continuam completamente esquecidos e neste momento estão desadequados ao movimento do Porto”, acrescenta o comunicado.
O mesmo documento dá como exemplo dias de chuva, em que “há camiões que não conseguem sair com a carga, visto que a única via para o efeito tem um declive demasiado acentuado, para além de atravessar a malha urbana da própria Vila de Sesimbra”.
Refere ainda que o projecto para construção de uma variante “existe e já esteve programado por várias vezes, mas nunca avançou”, sendo que a câmara municipal “já apresentou alterações e alternativas para reduzir os custos”, e agora “volta a apresentar uma solução que permita desbloquear uma situação que começa a ser dramática para o tecido económico local, que representa directamente mais de 3 mil postos de trabalho”.