Saiba quantos milhões custou um ano de covid ao Centro Hospitalar Barreiro Montijo

Saiba quantos milhões custou um ano de covid ao Centro Hospitalar Barreiro Montijo

Saiba quantos milhões custou um ano de covid ao Centro Hospitalar Barreiro Montijo

Mais de 1,8 milhões de euros foi quanto custou – em apenas Equipamentos de Protecção Individual (EPI) – um ano de pandemia de covid-19 ao Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM). O investimento total realizado nos primeiros 12 meses de contexto pandémico ultrapassou, porém, os 4,8 milhões de euros.

Os números foram revelados esta sexta-feira, 9, pelo CHBM em jeito de balanço ao período compreendido entre os meses de Março de 2020 e 2021.

- PUB -

No que toca a EPI, segundo os dados apresentados, foram utilizadas mais de 830 mil máscaras, adquiridos “mais de seis milhões de luvas e mais de 155 mil batas” de protecção. “No que diz respeito a máscaras, neste último ano, foram utilizadas mais de 440 mil máscaras PFF2 e mais de 390 mil máscaras cirúrgicas, consumindo-se em média, por mês, mais de 32 mil unidades de PFF2 e mais de 36 mil máscaras cirúrgicas”, detalha a unidade hospitalar. “Verificou-se ainda a necessidade de comprar equipamentos que anteriormente não eram necessários, como os fatos integrais, as cogulas e os cobre-botas”, salienta o CHBM, que diz ter investido “mais de 1,8 milhões apenas com o aumento da utilização de EPI”.

No entanto, a este valor deve-se somar ainda um investimento “superior a três milhões de euros” no âmbito de “todas as intervenções realizadas e equipamentos adquiridos”. Foram comprados “vários equipamentos para reforçar a capacidade de intervenção” em relação à covid-19, tais como “um RX portátil, vários monitores multiparâmetros e seis ventiladores”.

O CHBM realça também “a aquisição de materiais e equipamentos para o serviço de Patologia Clínica, na área da Biologia Molecular, que permitiram passar a realizar internamente testes ao vírus SARS-CoV-2” – o que evitou “acrescidos tempos de espera pelos resultados”.

- PUB -

Intervenções e reforço de pessoal

Ao nível das intervenções efectuadas, o CHBM aponta a instalação de “acrílicos nas zonas de atendimento, a colocação de vidros nas portas dos quartos/enfermarias, que permitem a observação a doentes internados em zonas covid, a colocação de dispensadores de álcool gel nas zonas críticas do edifício, a sinalização das áreas de circulação, o reforço da rede de gases medicinais de forma a suportar o exponencial consumo de oxigénio, e a disponibilização de quartos com pressão negativa na Pediatria e Bloco de Partos”.

Além destas, destaca ainda “a criação de uma pré-triagem e a divisão de circuitos nas Urgências, a ampliação do Bloco de Partos e a obra, que ainda decorre, na Urgência Geral que permitirá criar circuitos distintos para doentes covid/não covid”.

- PUB -

Em termos de pessoal, entre Março de 2020 e Fevereiro de 2021 “foram contratados 174” elementos “de várias categorias profissionais”, frisa ainda o CHBM.

Já nos últimos dois meses, face à melhoria das condições epidemiológicas associadas à covid-19, o CHBM iniciou “um processo de novo reequilíbrio interno, deslocalizando recursos humanos e reafectando infra-estruturas para o tratamento de doentes não covid”. Voltar aos números de 2019 é o objectivo e nesse sentido já arrancou “um programa de incentivo à realização da actividade cirúrgica adicional”. Mas também “a consolidação de um projecto de telemedicina”, que visa “aumentar o número de consultas externas”.

Está também em curso “uma aposta nos cuidados hospitalares realizados no domicílio do doente e, ainda, a implementação de estruturas que permitem desenvolver actividade cirúrgica em regime de ambulatório”. Esta última actividade passou a ser realizada, actualmente, no Hospital do Barreiro e no Hospital do Montijo (onde está instalado o serviço).

A terminar, o CHBM lembra a solidariedade manifestada pela comunidade, através de vários contributos, como também dos apoios das câmara municipais de Barreiro e Montijo e outras entidades. “São exemplos disso os ventiladores oferecidos pela Câmara Municipal do Barreiro, pela Fundação Galp e pela ACSS; os testes de despiste à covid-19 e os equipamentos de protecção individual cedidos pela Câmara Municipal do Montijo; ou as cadeiras de rodas doadas pela Baía do Tejo”, conclui a unidade hospitalar.

Do primeiro doente aos mais de 1200 que a covid acamou com “pico” atingido este ano

No mesmo comunicado, a unidade hospitalar apresenta ainda vários dados sobre o atendimento e serviços prestados a doentes, tendo também como referencial os primeiros 12 meses da pandemia.

O internamento do primeiro doente com covid-19 no CHBM foi registado a 12 de Março de 2020. “Desde então, até ao dia 16 de Março de 2021, estiveram internados mais de 1.200 doentes infectados pelo vírus SARS-Cov-2”, revela o centro hospitalar. Numa fase inicial “estavam alocadas 29 camas” aos doentes covid, número que foi oscilando “conforme as necessidades e a evolução da pandemia”, até ser atingido um “máximo de 154 camas em enfermaria”. E o “pico máximo de doentes internados aconteceu a 2 de Fevereiro de 2021, com 159 doentes internados (154 em enfermaria e 5 em UCI)”. Actualmente, o CHBM afirma que já regressou “ao número inicial de 29 camas para doentes covid-19″.

A necessária resposta ao contexto pandémico implicou uma redução na actividade que estava programada, com o centro hospitalar a admitir que, tal como noutras unidades do SNS, “as listas de espera e os tempos médios de espera aumentaram, quer na consulta, quer relativamente à actividade cirúrgica”. Ainda assim, “foram realizadas 148 mil e 580 consultas médicas, intervencionados 5.116 doentes e realizadas 20 mil e 885 sessões de Hospital de Dia”.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -