Drogou um dos filhos com éter, que o fez perder a consciência e regou-o com gasolina. A criança já teve alta do Hospital de Setúbal
Nuno da Silva, fotógrafo e conhecido pela participação num reality show, ficou em prisão preventiva após ser presente a tribunal para aplicação de medidas de coacção pela tentativa de homicídio do filho de cinco anos. O crime aconteceu na manhã de segunda-feira, tendo o suspeito aproveitado que a companheira saiu de casa para trabalhar para cometer logo de seguida o crime.
O suspeito, por razões que estão por apurar, drogou um dos filhos, com cinco anos, com éter que o fez perder a consciência e regou-o com gasolina. A intenção seria acender um isqueiro, mas Nuno não o fez. Na segunda-feira, foi avançada a hipótese de o rapaz ser drogado com comprimidos, mas tal não veio a verificar-se.
Após o crime, Nuno levou o segundo filho para casa dos pais, como de costume todos os dias, mas estes estranharam estar a levar apenas um dos meninos. Perguntaram pelo outro filho, ao que o suspeito referiu que o matou. Depois fugiu, aos gritos pela rua. Durante a fuga, ligou à mulher a dizer o que fez e quando os pais se dirigiram a casa de Nuno, já esta se encontrava no interior a socorrer o menino. O rapaz foi transportado para o Hospital de Setúbal, de onde já teve alta.
Nuno ligou também à GNR, a quem indicou o que fez e onde estava. Militares do Posto da Quinta do Conde dirigiram-se ao local que este indicou e foi detido. O suspeito publicou ainda na mesma manhã, uma nota no Instagram na qual anunciava que “num momento de loucura” ia matar os filhos “para não sofrerem”, mas tal não tem valor para a Polícia Judiciária de Setúbal no momento actual de investigação.
Ao que foi possível apurar, Nuno nunca evidenciou comportamentos extremos em casa. À PJ foi referido mesmo que esta foi a primeira vez que teve este tipo de atitude, de fazer mal aos filhos. A situação familiar não era do conhecimento das autoridades, não havia qualquer queixa de violência na casa onde Nuno vivia com a sua família, nem é sabido que a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens tivesse qualquer processo junto dos meninos, de cinco e seis anos.