Estratégia contempla igualmente “um estabelecimento hoteleiro, um polo tecnológico e uma componente habitacional”
O futuro da Quinta da Coutadinha – Batel, no que diz respeito ao seu desenvolvimento urbano, encontra-se descrito no Plano de Pormenor aprovado pela autarquia alcochetana em reunião de câmara, com a “abstenção dos dois vereadores da CDU”.
Para “uma área com 136 hectares”, situada “nas imediações do Freeport Outlet”, o municipio “tem prevista a integração de diversos serviços, designadamente um polo tecnológico, estabelecimentos de ensino superior, estabelecimento hoteleiro, assim como uma componente habitacional”, explicou a edilidade em comunicado.
Para o efeito, “o executivo municipal” deliberou favoravelmente, com prazo máximo de elaboração de 18 meses, “a minuta de contrato com as empresas Seguimóveis Imobiliária e OAK Valley, para planeamento e elaboração” do previsto no plano.
Segundo explicou Fernando Pinto, presidente da autarquia, “desde 2018 foram muitos os investidores que ficaram para trás porque não estavam disponíveis para abranger tudo o que eram as pretensões deste executivo”. “Finalmente chegámos a bom porto com estes investidores, que certamente farão desta área um espaço que a todos vai orgulhar”, considerou.
“Em cumprimento da legislação em vigor, a Câmara Municipal de Alcochete aprovou, ainda, submeter a consulta pública preventiva, pelo período de 15 dias úteis, a referida deliberação, bem como dar início formal ao Plano de Pormenor. Aprovou também submeter o referido Plano à Avaliação Ambiental Estratégica”, refere a mesma nota.
Para Fernando Pinto, “este é o momento de fazer acontecer um projecto que vai ter um impacto importantíssimo no concelho”, mas que deve ser implementado “de uma forma equilibrada, de que é exemplo o facto de o índice de utilização do plano ser de 0,75, quando o Plano Director Municipal permite até 0,80”.
“É objectivo do executivo ver nascer no referido local um polo tecnológico, de forma a atrair para o concelho empresas de referência na área das novas tecnologias e inovação (…), um polo universitário ou até mesmo um campus universitário (…), serviços na área da saúde, (…), uma área para hotelaria, um parque urbano e outros equipamentos públicos”, salientou.
Por último, explicou que “a área de construção para habitação é de apenas cerca de 30% da área total do projecto, que tem 136 hectares”, tratando-se de “um projecto aliciante”, que em nada “poderá desfazer a identidade cultural, social e territorial” do concelho.