Terrenos envolventes ao pavilhão Antoine Velge e o próprio edifício, foram comprados ao clube por 100 mil euros, por imobiliária que ficaria na SAD. Mas a maioria das acções passaram para Pluripar de Emídio Catum e Carlos Costa que entretanto faliu
O Pavilhão Antoine Velge e os terrenos anexos vão ser vendidos em hasta-pública, na sequencia da falência da Sadisetúbal – Imobiliária SA, empresa que detinha a propriedade do imóvel.
O anuncio de venda, em carta fechada, cujo prazo para concorrer é dia 03 de Julho sendo a abertura das propostas no dia 10, está a ser publicado na imprensa e na Internet pela LC Premium, Lda, empresa de leilões, da Covilhã.
O bem, apresentado como “prédio urbano composto por pavilhão gimnodesportivo e logradouro”, inclui o Pavilhão Antoine Velge, o campo de treinos nas traseiras e o espaço, também usado para treinos, na frente, entre o pavilhão e a entrada no complexo do Bonfim, num total de 10.056 metros quadrados, em que a área coberta é de 2.270 metros quadrados.
O valor mínimo de venda é 696.600,00 euros, quase 700 mil euros.
O pavilhão do Vitória FC clube e os terrenos, junto ao Estádio do Bonfim, foram vendidos no final dos anos 90, à imobiliária Sadisetúbal, por 100 mil euros, que posteriormente vendeu à Sociedade Lusa de Negócios (SLN) 60 por cento das acções daquela imobiliária, que era detida na totalidade pela Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS) do Vitória de Setúbal.
Com esta operação, os terrenos e o pavilhão passaram a ser maioritariamente da empresa, ligada à Pluripar, tendo como principais rostos os empresários e construtores civis Emídio Catum e Carlos Costa.
Os negócios à volta destes bens chegaram a ser investigado pelo Ministério Público, sendo que em Abril de 2010, a Policia Judiciária fez buscas no Bonfim, no escritório de Jorge Goes e na sede da empresa de Carlos Costa, dois antigos dirigentes do clube.
O pavilhão continuou sempre na posse do Vitória de Setúbal, que, além da deter o imóvel, ainda promoveu, recentemente, um significativo investimento de melhoria, com obras e pinturas, realizado com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal que conseguiu também o apoio financeiro da empresa Macau Legend.