Paulo Silva diz que o concelho do Seixal tem o mais baixo índice de criminalidade da AML

Paulo Silva diz que o concelho do Seixal tem o mais baixo índice de criminalidade da AML

Paulo Silva diz que o concelho do Seixal tem o mais baixo índice de criminalidade da AML

O PS do Seixal manifestou-se preocupado com o incidente ocorrido na madrugada de hoje na Arrentela, onde um autocarro foi incendiado

O presidente da Câmara do Seixal disse hoje que o concelho tem o mais baixo índice de criminalidade da Área Metropolitana de Lisboa e que defender a criação de uma Polícia Municipal “demonstra um desconhecimento do território”.

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Paulo Silva (CDU) falava à agência Lusa sobre a proposta do PS/Seixal, hoje divulgada, que defende a criação de uma Polícia Municipal naquele concelho do distrito de Setúbal.

O Partido Socialista do Seixal manifestou-se preocupado com o incidente ocorrido na madrugada de hoje na Arrentela, onde um autocarro foi incendiado, e propôs “a criação de uma Polícia Municipal robusta e a instalação de videovigilância em área críticas”.

Em comunicado, a concelhia do PS considera o incidente inaceitável e advoga que “serve como um alerta urgente acerca do estado de insegurança que afecta a comunidade”.

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Questionado sobre esta proposta do PS, o presidente da Câmara do Seixal disse que “demonstra um desconhecimento do território e das competências da Polícia Municipal, que é de carácter administrativo e não de criminal”.

Relativamente ao território, o autarca adiantou que o Seixal é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa (AML) com o índice mais baixo de criminalidade.

“Somos um concelho seguro. Os números que temos demonstram redução da criminalidade no concelho na ordem dos 5%. Além de sermos seguros, os índices estão a descer pelo que não se justifica a criação de uma Polícia Municipal”, disse, adiantando que, nos concelhos onde existe, não há registo de redução dos índices de criminalidade porque a sua função é administrativa e não de policiamento do território.

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Quanto à instalação de câmaras de videovigilâncias em determinadas zonas do concelho defendida pelo PS/Seixal, o autarca advoga que só em situações extremas devem ser colocadas e que, no concelho, não existem sítios que o justifiquem.

Por outro lado, o PS aponta o dedo à Câmara Municipal do Seixal, acusando-a de “apatia”, e exorta a administração municipal a tomar acções concretas para reverter a insegurança.

Paulo Silva adianta que o que aconteceu no Seixal não foi uma situação isolada, mas sim um protesto que ocorreu em toda a AML.

“O Seixal foi por arrasto do que está a acontecer noutros concelhos, alguns também geridos pelo PS. A não ser que o PS esteja também a criticar as suas câmaras municipais”, frisou, refutando a crítica de que o executivo tem um comportamento apático face a estas situações.

Os desacatos desta semana na Área Metropolitana de Lisboa foram desencadeados pela morte de Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, que foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e que morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Os incidentes tiveram início no Zambujal, na noite de segunda-feira e estenderam-se, desde terça-feira, a outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, incluindo o Seixal, onde hoje, segundo o presidente da autarquia, “um grupo organizado de cerca de 20 pessoas” incendiou um autocarro na Arrentela.

No total, mais de uma dezena de pessoas foram detidas.

Na sequência dos desacatos, um motorista de um autocarro incendiado sofreu queimaduras graves, alguns cidadãos ficaram feridos sem gravidade e dois polícias receberam tratamento hospitalar.

Segundo a PSP, Odair Moniz pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria a isenta” para apurar “todas as responsabilidades”, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.

A Inspeção-Geral da Administração Interna abriu um inquérito urgente e também a PSP anunciou um inquérito interno, enquanto o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

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