Partido Socialista da Moita acusa CDU de ser força de bloqueio

Partido Socialista da Moita acusa CDU de ser força de bloqueio

Partido Socialista da Moita acusa CDU de ser força de bloqueio

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Socialistas queixam-se de coligação ter votado contra delegação de poderes no presidente e acusam comunistas de apostarem “tudo na ingovernabilidade”. Executivo liderado por Carlos Albino já tem pelouros atribuídos, mas CDU e Chega ficam de fora

 

A distribuição de pelouros na Câmara Municipal da Moita para o presente mandato, ditou que o novo presidente da autarquia, Carlos Albino (PS), ficará responsável pelo Gabinete de Apoio aos Órgãos Municipais e pelo Gabinete Jurídico, com o autarca moitense a acumular ao exercício das suas funções o Serviço Municipal de Protecção Civil, anteriormente da responsabilidade do também vereador socialista Luís Chula.

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Aos referidos gabinetes juntam-se ainda o de Informação e Atendimento ao Munícipe, Informação e Relações Públicas, além do Gabinete de Estudos, Projectos e Empreitadas da autarquia. Nas mãos do presidente ficam também as divisões de Obras e Oficinas, Serviços Urbanos e Administração Urbanística.

Ontem, em artigo de opinião enviado a O SETUBALENSE e publicado na edição desta quinta-feira (ver em baixo), o Secretariado do Partido Socialista da Moita queixou-se do facto da CDU ter votado contra a delegação de poderes no presidente, o que obrigaria a que “qualquer assunto que hoje é tratado nos serviços” tivesse que ser “submetido a reunião de Câmara”.

No mesmo documento, o partido refere que, mesmo na oposição, os eleitos comunistas continuam “a apostar na política de bloqueio” procurando “paralisar o município”. No final, adianta o secretariado, as “propostas saíram aprovadas” da mesma reunião.

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Em matéria de distribuição de pelouros e em relação ao restante executivo, Sara Daniela Silva (PS), vereadora e vice-presidente da autarquia, será responsável nos próximos quatro anos pelas divisões de Administração e Finanças, Salubridade e Ambiente, Espaços Verdes, Frota, Rede Viária e Trânsito, e pela divisão de Desenvolvimento Económico, área entregue no anterior mandato ao vereador social-democrata Luís Nascimento.

Por sua vez, o vereador socialista António Carlos Pereira passa a ter competências nos pelouros da Educação, Assuntos Sociais – Serviço de Desenvolvimento Social e Cidadania, e nas divisões de Cultura e Desporto.

A este cabe ainda dirigir o Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo e o Gabinete da Juventude, assumindo deste modo os pelouros anteriormente delegados nos vereadores eleitos pela CDU, Vivina Nunes e Daniel Figueiredo.

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A lista de atribuições fica completa com a entrega de responsabilidades à vereadora Anabela Rosa (PS) do Gabinete de Sistemas de Informação, Auditoria e Qualidade, Gabinete Veterinário Municipal, tutelando ainda a divisão de Recursos Humanos e a Divisão de Assuntos Sociais – Serviço de Habitação Social, que no anterior mandato, também havia sido entregue à vereadora Vivina Nunes (CDU).

De fora da lista de pelouros ficam os eleitos da CDU, o ex-presidente comunista Rui Garcia, Miguel Canudo, Vivina Nunes e Daniel Figueiredo, bem como Ivo Pedaço, eleito pelo Chega nas últimas autárquicas.

OPINIÃO | CDU continua a apostar na força de bloqueio

No passado dia 26 de Outubro realizou-se a primeira reunião extraordinária da Câmara Municipal da Moita. A mesma fica marcada por algo que tudo é, menos convencional!

Reside na memória, tantas que foram as primeiras reuniões de mandato, como aquelas em que o Partido Socialista (PS) viabilizou a proposta onde a Câmara delega os poderes necessários no seu presidente, para que este pudesse fazer a gestão da mesma, dando resposta em tempo útil aos nossos munícipes.

Aquilo que é considerado o cumprir de uma formalidade, veio-nos mostrar, e deixar bem clarificado, qual a forma e o estilo, como a CDU se apresenta para este mandato.

A resposta é muito directa, a CDU aposta tudo na ingovernabilidade do órgão, votando contra a delegação de poderes da Câmara no presidente, o que faria com que todo e qualquer assunto que hoje é tratado nos serviços, passaria a ter de ser submetido a reunião de Câmara.

Esta posição da CDU, mais estranha se torna, se pensarmos que a proposta apresentada é igual à da CDU em 2017, sendo a mesma viabilizada pelo Partido Socialista.

Mas, se dúvidas houvesse, à eventualidade de qualquer diálogo que pudesse vir a existir, o mesmo ficou claro aquando do voto no pedido de atribuição de tempos a vereadores. O presidente de Câmara apresentou uma proposta que permitia a atribuição de mais dois tempos inteiros a vereadores, embora só tivesse mais um vereador Socialista a quem o atribuir, e perante as questões colocadas pela CDU, a respeito da possível atribuição desse tempo num horizonte futuro, os eleitos socialistas deixaram bem claro que em momento algum equacionavam atribuir esse tempo ao partido Chega.

Ainda assim, a CDU votou contra essa proposta, mais uma vez clarificando a sua linha orientadora, que, mesmo na oposição, continua a apostar na política de bloqueio, tentando daí quaisquer benefícios colher.

Por fim, as propostas saíram aprovadas da reunião, contrariando aqueles que inexplicavelmente pretendiam bloquear e paralisar o município.

Com toda a energia e convicção desde dia 20 de Outubro, os nossos autarcas, lado a lado com os nossos trabalhadores, e com o seu apoio, têm trabalhado incansavelmente para dar respostas às mais diversas solicitações, e com enorme agrado e sentido de missão, já se começam a resolver situações que se arrastavam há décadas, tudo isto com o grande contentamento de quem há muito procurava e necessitava de respostas.

Secretariado do Partido Socialista da Moita

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