23 Julho 2024, Terça-feira

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Palvidas paga ordenados após dois meses de atraso

Palvidas paga ordenados após dois meses de atraso

Palvidas paga ordenados após dois meses de atraso

Presidente da empresa, Orlando Monteiro, esclarece a situação financeira e confessa ter vendido bens pessoais para injectar capital no negócio

 

Após dois meses sem receberem ordenados, os funcionários da Palvidas podem respirar de alívio. Orlando Monteiro, presidente da empresa de transporte de doentes com sede em Palmela, garantiu a O SETUBALENSE que os salários já foram pagos, procurando também esclarecer os motivos que levaram ao atraso.

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No passado dia 21 de Novembro, O SETUBALENSE noticiou em exclusivo a ausência do pagamento de salários durante dois meses na empresa palmelense, cuja actividade se centra em grande parte em Setúbal. Foram vários os relatos que chegaram, dando conta de situações dramáticas que alguns funcionários viviam, uma vez que estavam privados dos seus ordenados.

Orlando Monteiro, em declarações a O SETUBALENSE, esclareceu que nunca se escondeu dos seus funcionários, sendo que, assim que percebeu que existiam problemas financeiros, fez questão de falar com o seu pessoal.

“No primeiro dia em que houve problemas, reuni logo com as pessoas. Temos de encarar as pessoas de frente e é de frente que temos de falar. Todas as semanas fazíamos reuniões para esclarecer a situação”, referiu.

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Questionado sobre o porquê deste atraso nos salários, o presidente da Palvidas explica que existem entidades em dívida para com a empresa, mas preferiu não adiantar quais. “Não vou falar do porquê, porque implicam outras entidades. Posso dizer que temos muitos milhares de euros a receber”.

“Nunca deixei de falar com as pessoas”

Orlando Monteiro clarificou que nunca deixou de aparecer na empresa, estando presente diariamente junto dos seus funcionários. “Eu nunca deixei de falar com as pessoas, eu venho todos os dias à empresa. Eu não estou cá hoje só porque vocês vieram falar comigo, eu estou cá porque venho cá todos os dias. Podem perguntar a qualquer funcionário que esteja aí, estejam à vontade, eu estou todos os dias cá, nunca deixei de vir”.

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O responsável da empresa assegurou ainda que todos os funcionários que permaneceram confiam no seu chefe e, como tal, são considerados seus amigos. “Os funcionários têm confiança no patrão e confiança na empresa e quem cá ficou são os amigos da empresa. Eu sou o primeiro a defender os meus trabalhadores, porque os considero meus amigos”, explicou.

“Quando paguei os ordenados comecei a chorar”

O presidente realçou que tentou sempre ajudar os seus funcionários, dentro daquilo que era possível perante a realidade da empresa. “Fizemos uma carta para os funcionários levarem para os senhorios e para os bancos a explicar a situação. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Adiantámos dinheiro às pessoas que precisavam mesmo”, realçou, referindo que vendeu bens pessoais para injectar capital na empresa.

“Eu tinha um Porsche, mas vendi por metade do valor que tem, para pagar as coisas, como gasóleo e outras despesas. Vendi muitos bens pessoais para conseguir pagar às pessoas, porque eu gosto de andar com a cara limpa”, frisou, confessando ainda a emoção que sentiu após conseguir pagar os salários. “Eu fartei-me de chorar ao pé das pessoas. Quando paguei os ordenados comecei a chorar ao pé das pessoas”.

Relativamente ao futuro, Orlando Monteiro garante que esta situação está ultrapassada, mesmo com alguns sacrifícios. “Esta fase já passou, os salários estão pagos. A empresa está a seguir em frente, com muitos sacrifícios. A situação está estável e trabalho não falta, fazemos transporte de cinco mil doentes por mês”.

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