Ordem dos Médicos preocupada com “grande pressão” na maternidade do Barreiro

Ordem dos Médicos preocupada com “grande pressão” na maternidade do Barreiro

Ordem dos Médicos preocupada com “grande pressão” na maternidade do Barreiro

Presidente do Conselho Regional do Sul da ordem refere que hospital faz por vezes oito a 10 e até mesmo 14 partos por dia com situações de gravidezes não seguidas

 

O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos manifestou-se esta quarta-feira preocupado com a “grande pressão” no serviço de ginecologia e obstetrícia no hospital do Barreiro/Montijo, alertando para o risco de este perder recursos humanos.

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Paulo Simões falava à agência Lusa depois de uma visita ao serviço, onde, afirma, a constituição da equipa tem recursos abaixo dos mínimos recomendados pela Ordem dos Médicos.

“Fomos tentar perceber a realidade. O serviço, que devia ter cerca de 20 elementos, tem actualmente sete elementos e dois deles, mais jovens, não sei ser irão ficar durante muito tempo com a pressão das urgências que estão a sentir. Há um esticar da corda”, disse.

Segundo Paulo Simões, o grande problema não é só a questão da afluência, mas sim de casos de doentes/grávidas que chegam da Ásia e de África, que nunca foram seguidas e que surgem com situações de descompensação que podem tornar complicada a abordagem do parto.

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“Queixam-se dessa pressão, mas também o facto de nas semanas em que estão abertos (porque fecham alternadamente com Setúbal), terem de assegurar a sua área e a de Setúbal. Na prática, são duas áreas a cobrir com uma equipa insuficiente para a resposta adequada”, explicou.

Este hospital, adiantou, faz por vezes oito a 10 e até mesmo 14 partos por dia com situações de gravidezes não seguidas.

“Há um grande mal-estar e a minha preocupação aqui é perceber que o serviço esta sobre grande pressão havendo o risco de saírem pessoas. Há um ano tinham 12 pessoas e já sairão cinco e a continuar esta forma de trabalhar provavelmente rapidamente outros sairão”, alertou.

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Paulo Simões reuniu também com a administração da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR), que integra o hospital Barreiro/Montijo.

A administração da ULSAR, referiu o presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, assume que há dificuldades mas garantiu que está a lutar pela maternidade no Barreiro, fazendo todo o possível para manter o serviço a funcionar.

“O facto é que, a manter o serviço a funcionar nestas circunstâncias, a segurança para os doentes não é totalmente garantida”, frisou.

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