“O Barreiro precisa de criar emprego e riqueza para fixar mais pessoas, esse é um dos grandes eixos”

“O Barreiro precisa de criar emprego e riqueza para fixar mais pessoas, esse é um dos grandes eixos”

“O Barreiro precisa de criar emprego e riqueza para fixar mais pessoas, esse é um dos grandes eixos”

O candidato social-democrata Bruno Vitorino

Bruno Vitorino, candidato do PSD à presidência da Câmara Municipal do Barreiro, garante que avança com uma equipa preparada para governar a autarquia

 

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O social-democrata Bruno Vitorino volta a candidatar-se à presidência da Câmara do Barreiro, e aposta num concelho mais seguro e com regras, mais qualidade de vida e menos impostos para a classe média. O autarca do PSD no município barreirense faz uma análise ao trabalho desenvolvido na autarquia e reafirma a importância da Polícia Municipal e da videovigilância para garantir a implementação de uma estratégia de sensibilização, prevenção e fiscalização. Para “Dar Futuro ao Barreiro”, conta com uma equipa maioritariamente formada por independentes, acreditando que em eleições autárquicas as pessoas são mais importantes do que os partidos.

 

Desde as últimas autárquicas, que retrato faz do Barreiro de hoje?

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O Barreiro continua a definhar e continuamos a ter um problema demográfico muito grande. Somos o concelho da Área Metropolitana com um maior envelhecimento e se dentro de algumas décadas não invertermos essa tendência o município terá menos de metade da população. Temos outros problemas, que os indicadores sociais e económicos demonstram, que é uma perca real do poder de compra e continuamos a não conseguir fixar população jovem, em idade activa, e em termos económicos temos igualmente uma perca da capacidade que existe a esse nível de fixar riqueza. Conjugados, esses indicadores são dramáticos para o futuro.

Em termos de gestão autárquica, penso que nem está tudo bem, nem está tudo mal, tendo o município evoluído em algumas áreas, mantendo-se na mesma em outros sectores. Houve aspectos positivos na resolução de grandes problemas, que se arrastavam há algum tempo, mas são coisas que têm ocorrido de forma avulsa, porque à cidade falta uma estratégia, um modelo e uma visão de desenvolvimento que aponte o caminho a seguir e nesse aspecto não mudámos.

 

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Quais os eixos principais da sua candidatura nestas eleições?

O nosso programa eleitoral vai ser bem feito e irá percorrer todas as áreas da Câmara, desde as operacionais – que podem fazer a diferença na qualidade de vida das pessoas –, aos nossos principais eixos de desenvolvimento e à nossa visão para o futuro da cidade. No Barreiro temos presentemente dois modelos, um ligado à ideologia e outro livre das amarras do passado, que quer pensar o desenvolvimento de forma harmoniosa, com um concelho moderno e que não tem preconceito ideológico em relação aos proprietários, querendo envolve-los num projecto de reabilitação do território.

São os empresários que criam postos de trabalho e o Barreiro precisa desesperadamente de criar emprego e riqueza, fixando mais pessoas, e esse é um dos grandes eixos. Temos de tratar bem quem aqui está, facilitar a vida às pessoas, criando condições de atractividade e nesse aspecto, neste mandato, considero que já se fez mais qualquer coisa nesse sentido.

O Barreiro não evoluiu ainda naquilo que defendemos ser uma Agência Local de Investimento, que possa ajudar um empresário a implantar o seu projecto, sendo tudo ainda muito lento e demorado, e sem uma estrutura profissional por trás que promova a cidade e o seu potencial além-fronteiras.

Defendemos um Barreiro seguro e com regras, sem trânsito caótico e estacionamento abusivo, onde o lixo não seja depositado entre os monos ou o entulho depositado nas zonas ribeirinhas, pelo que é necessário haver sensibilização e fiscalização, até porque os nossos regulamentos prevêem coimas para estas situações.

É necessário termos um concelho limpo e recuperado, dando uma outra imagem, com a retirada dos graffitis, tornando o espaço público mais atractivo. Seja em que zona for, temos de pensar no trabalho a fazer para cuidar dessas áreas, nomeadamente nas zonas mais antigas. Temos que pensar no Barreiro das pessoas e numa política do ponto de vista social onde a classe média não seja esquecida ao nível de habitação, e há quer ter uma autarquia preparada para apoiar as pessoas para que estas saibam que podem contar com a mesma.

 

Tendo sido responsável por alguns dos pelouros na Câmara, conseguiu dar resposta a áreas problemáticas?

Julgo que sim. Nas minhas áreas, não sendo operacionais, como a Sustentabilidade Ambiental e a Eficiência Energética, conseguimos dar continuidade ao nosso trabalho, apesar da pandemia, tanto nas escolas como na Mata Nacional da Machada. Tivemos um projecto emblemático, que queríamos que marcasse a nossa actuação até em termos regionais, que era um local de acampamento permanente com o Agrupamento de Escuteiros do CNE. Com a chegada da crise pandémica, o projecto continua a andar, embora a um ritmo lento, no entanto, estamos convencidos que também aqui é possível colocar o Barreiro no mapa.

Ao nível da Eficiência Energética, onde gostava de ter mais meios, se fosse presidente de Câmara apostaria imenso. Ao passo gigante que apoiei na área da iluminação pública, onde em cerca de 15% do concelho ainda existem problemas por resolver, junta-se a iluminação em todas as escolas básicas, num projecto liderado pela S.ENERGIA, numa candidatura que fizemos e onde foi possível substituir integramente a iluminação em 20 escolas, tendo se seguido os equipamentos municipais, onde se apostou na questão do autoconsumo, com a instalação de painéis solares e cujo potencial de poupança é muito significativo. Neste momento estamos a aliviar os bolsos dos contribuintes barreirenses na ordem dos 600 mil euros só a este nível e se conseguíssemos acelerar estas intervenções a poupança seria brutal, verba que permitira baixar os impostos municipais.

 

Porquê o slogan “Dar Futuro ao Barreiro” para a campanha das Autárquicas 2021?

Criámos este movimento, porque temos muita gente independente nas nossas listas, que não sendo filiada no PSD ou por não se identificar com o partido (muitos deles são apartidários ou com pensamento conhecido mais à esquerda), decidiram integrar esta nossa candidatura. A nossa máxima é que, em eleições autárquicas, contam muito mais as pessoas do que os partidos. Penso que, a nível nacional, temos bons e maus exemplos de autarcas de todas as cores políticas, sendo que o slogan se prende com o envolvimento de independentes.

 

Vai continuar a insistir na criação da Polícia Municipal e na videovigilância em zonas críticas concelho?

Na última reunião de Câmara conseguiu-se uma meia-vitória e uma predisposição real do presidente da autarquia para estudar e quantificar a nossa proposta. É algo que é bom para o município e que nos ajudava, aos poucos, a começar a ter as regras para que fossem sempre cumpridas e com isso poupávamos imenso dinheiro. A implementação deste serviço passa por uma estratégia de sensibilização, prevenção, fiscalização e, se for preciso sermos mais duros no cumprimento de regras, podermos sê-lo e se for preciso multar podermos fazê-lo, e é nesse sentido que surge a videovigilância, sendo que há questões que têm a ver com segurança, onde tivemos o registo de casos de homicídios e tiros em plena via pública.

Este cenário não existia no Barreiro, podíamos ter alguma violência ou termos episódios de furtos, mas não estes casos mais graves, mas desde há algum tempo começaram a ocorrer repetidamente.

Com o reforço dos efectivos das forças policiais e com o Conselho Municipal de Segurança, que tem a possibilidade de permitir à autarquia que possa ter uma responsabilidade grande até na definição e na coordenação da política de proximidade no combate ao crime e ao policiamento, poderemos fazer planos de prevenção da criminalidade ao nível local e até uma pressão legítima junto dos órgãos envolvidos, percebendo quais as dificuldades das forças de segurança. Esta é uma questão que já é discutida pelo menos desde 2004, sendo algo extremamente importante e necessário para protecção da população.

Também o reforço da rede de guardas-nocturnos é fundamental, além de ser preciso reforçar os meios da GNR da Cidade Sol que, desde que foi inaugurado o posto territorial de Santo António, nunca esteve tão desfalcada de efectivos.

 

Enquanto vereador responsável pela Reserva Natural Local do Rio Coina e da Mata da Machada, que políticas de dinamização e preservação ficaram por concluir e que metas estabelece para um próximo mandato?

Provavelmente, teremos de proceder à alteração dos limites da reserva. Penso que na altura fomos demasiadamente ambiciosos e temos de nos concentrar naquilo que temos capacidade efectiva de fazer. Teremos de nos cingir à Mata da Machada e à zona de sapal, mas não temos de nos imiscuir noutras áreas e zonas para as quais não temos capacidade técnica ou de fiscalização. Precisávamos que a gestão florestal daquele espaço fosse da responsabilidade da Câmara e, garantidamente, estaria mais bem entregue. Estamos a pensar continuar com as acções de voluntariado das escolas, escuteiros, empresas e de um trabalho mais pesado, propondo, assim que a pandemia o permitir, ao Estabelecimento Prisional do Montijo dar continuidade ao projecto que tivemos com os reclusos e do qual faço uma avaliação muito positiva.

 

Quais as prioridades para que a reabilitação do Barreiro Antigo possa ser concretizada?

O Barreiro Antigo carece de uma estratégia e essa não passa por anunciar milhões. Não há verbas que paguem as necessidades de investimento que são precisos realizar nesta área, porque quando queremos agir numa determinada zona, não precisamos apenas de actuar nos edifícios ou no espaço público, mas agir em edifícios que são de proprietários e colocar as associações daquela zona envolvente a pensar no tecido social, no apoio às famílias de idosos e até em habitação a custos controlados, que regenere o centro histórico e lhe dê novos habitantes.

Devemos ter um pensamento de que a estratégia tem de ser pública, a Câmara tem de saber o que quer e tem de envolver um conjunto de parceiros. O investimento, esse, não tem de ser obrigatoriamente da autarquia, pode ser privado e se convencer os privados de que vale a pena investir nesta área o dinheiro acaba por aparecer.

A visão do PSD é definir uma estratégia pública e procurar parceiros privados porque não vamos ter dinheiro para poder investir naquela zona. O investimento público da autarquia poderá colmatar as falhas do que falhar no investimento privado.

 

Se for eleito presidente de Câmara, que medidas pretende tomar para reforçar o combate aos efeitos sócio-económicos no período pós-covid?

Apresentámos um pacote de medidas muito concretas em reunião de Câmara. É preciso agir rapidamente em três frentes: ao nível das famílias, das empresas, sobretudo das micro e pequenas empresas, do comércio local, claramente, e é preciso agir ao nível das instituições e, neste caso, penso que a Câmara agiu. Era preciso perceber que as IPSS ou que as colectividades, as chamadas forças vivas do concelho, conseguissem ser apoiadas, bem como reforçar as cantinas sociais.

 

A seis meses do acto eleitoral, quais as suas expectativas para estas eleições?

As nossas listas vão ser constituídas por pessoas que são muito conhecidas no Barreiro, pela sua capacidade de trabalho ao nível profissional, pela sua intervenção social e por pessoas que se destacaram na sua vida académica. Queremos o seu envolvimento na definição das ideias, do programa eleitoral, mas também, o envolvimento das mesmas na disponibilidade para trabalhar a nosso lado. A aposta em muitos independentes, na lógica de que valem mais as pessoas do que os partidos é claramente a nossa ideia e é aquilo que estamos a conseguir fazer.

As listas vão ser um misto de renovação e continuidade, tal como aconteceu em 2017. Não quero antecipar resultados eleitorais, até porque são sabidas as dificuldades de implantação que o PSD tem tido no Barreiro por questões ideológicas, mas também já se percebeu que isso já mudou e que as pessoas começam a votar em pessoas, não sendo apenas uma questão partidária. Há neste momento um Barreiro moderado que já não pensa em ideologia e que já pensa Barreiro, e são esses que queremos conquistar. Vamos ter uma equipa preparada para governar a Câmara, pelo que não vou dizer que vou ganhar ou perder, mas que estaremos preparados com pessoas capazes para o fazer.

 

Qual a sua posição face a críticas à sua recandidatura?

Não encho a boca de democracia, para depois praticar o contrário. Venho de uma família que foi de diversos partidos políticos, dou-me bem com toda a gente e conseguíamos discutir, por vezes de forma veemente, vários assuntos e sempre soubemos nos respeitar uns aos outros e aprendi a conviver na diferença e a aceitar com naturalidade as opiniões.

Saúdo todos os candidatos, mesmo que venha do Chega e só o irei combater com as ideias, pela minha capacidade de trabalho e pelos resultados que apresento nas áreas de que sou responsável. Quero vence-los pela positiva, penso que tenho condições efectivas com a equipa que estamos a apresentar para sermos melhor e as pessoas reconhecerem isso.

O Barreiro, se não mudar de vida, é uma terra sem futuro. Temos um modelo e uma visão para um Barreiro moderado, despido de conceito ideológico, novo e virado para o futuro, que envolva as empresas e os empresários. Gostaríamos de ter uma oportunidade para demonstrar a nossa capacidade de executar essa visão.

 

PSD Barreiro fecha lista de candidatos à câmara

 

O PSD Barreiro anunciou ontem que a lista dos candidatos que fazem parte da sua equipa na corrida à Câmara do Barreiro, nas próximas autárquicas, já está fechada, voltando a destacar “o grande número de pessoas sem qualquer ligação partidária”.

Ao cabeça de lista Bruno Vitorino, além do independente e gestor de sistemas informáticos José Paulo Rodrigues e da dirigente associativa Teresa Costa, junta-se agora à lista o independente Pedro Martins, especialista em comunicação. Em quinto lugar surge o nome do presidente da Direcção dos Bombeiros Sul e Sueste, o engenheiro Eduardo Correia, seguindo-se a técnica bancária Rosa Fonseca.

José Filipe Nunes, enfermeiro em funções de chefia no Hospital do Barreiro, a consultora imobiliária Rosália Santos e o empresário e ex-dirigente associativo Mauro Silva, completam a lista apresentada pelo partido.

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