Autarca sineense vai passar a noite no Comando Metropolitano de Lisboa a aguardar primeiro interrogatório judicial. Em causa estão negócios do lítio e hidrogénio verde
Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines, foi detido na manhã desta terça-feira na sequência de investigações sobre negócios do lítio e hidrogénio verde, em Montalegre.
A notícia é divulgada pelo jornal Público que dá conta que estão a decorrer buscas judiciais em vários ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro, no mesmo âmbito.
Esta manhã estão a decorrer também buscas na Câmara Municipal de Sines, confirmou O SETUBALENSE. Fonte municipal disse que as buscas, acompanhadas pelo Ministério Público (MP), estão a decorrer no edifício principal da Câmara de Sines.
Detidos foram ainda Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa e Diogo Lacerda Machada, consultor próximo do primeiro-ministro, Afonso Salema, CEO do Start Campus de Sines, e, Rui Oliveira Neves, director jurídico e de Sustentabilidade da mesma empresa.
Envolvidos estarão também João Galamba, ministro das Infra-estruturas, que foi entretanto constituído arguido como confirma a Procuradoria-Geral da República (PGR). As suspeitas recaem também sobre Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e o ex-ministro João Matos Fernandes, que também deverão ser constituídos arguidos.
O Ministério Público (MP) suspeita da prática dos crimes de tráfico de influencias, participação económica em negócio e corrupção. O Expresso avançou, mais tarde, que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar crimes de prevaricação, corrupção activa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.
O jornal Expresso está a adiantar que Nuno Mascarenhas, bem como os restantes quatro detidos, vão passar a noite na sede da PSP de Moscavide para aguardar pelo primeiro interrogatório judicial.
Os cinco detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde (onde está incluído Nuno Mascarenhas) vão ficar no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, em Moscavide, até serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial, disse hoje à Lusa fonte policial. Com Lusa