A Procuradoria-Geral da República mandou o Ministério Público deduzir acusações
O Ministério Público (MP) mandou arquivar a queixa do vereador João Afonso a 31 de Março último, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) veio agora ordenar que seja deduzida acusação ao presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, e a mais duas funcionárias da autarquia. O caso da alegada violação de correspondência, apurou O SETUBALENSE, vai mesmo a julgamento.
O autarca socialista e as duas funcionárias autárquicas vão ser constituídos arguidos, depois de a PGR ter analisado um recurso interposto pelo social-democrata e decidido pela reabertura do processo com despacho de acusação.
O caso remonta aos finais de 2018, quando João Afonso acusou Nuno Canta e os serviços da autarquia de terem aberto correspondência que, defendeu o social-democrata, lhe era endereçada. O presidente da autarquia considerou sempre que a correspondência era dirigida à Câmara Municipal.
Até quarta-feira passada, Nuno Canta ainda não tinha sido notificado do despacho emitido pela PGR, que determina que o MP avance com as acusações.
“Não fui notificado”, afirmou o socialista, que se diz alvo de perseguição política. “Estamos perante uma estratégia arquitectada pela oposição para arrastar o nome do presidente da Câmara para a lama”, comentou a O SETUBALENSE.
Já João Afonso recusou-se a prestar quaisquer declarações sobre o processo.