23 Maio 2024, Quinta-feira

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Nova Carta Educativa de Alcochete prevê intervenções estruturantes na rede pública

Nova Carta Educativa de Alcochete prevê intervenções estruturantes na rede pública

Nova Carta Educativa de Alcochete prevê intervenções estruturantes na rede pública

O novo documento foi aprovado pelo executivo municipal e passa agora para a decisão da Assembleia Municipal

O município de Alcochete vai avançar com a nova versão da Carta Educativa do concelho. O documento que começou por ser habilitado pelo Conselho Municipal de Educação e departamento governamental com competência na matéria, foi agora aprovado, por unanimidade, pelo executivo na reunião de câmara de 10 de Novembro, assim como o envio do mesmo para aprovação da Assembleia Municipal.

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A versão actualizada da Carta Educativa, que prevê dez intervenções consideradas estruturantes, é apontada pela vereadora com o pelouro da Educação, Maria de Fátima Soares, como uma revisão “justificada”, uma vez que a existente actualmente “é de 2007”. A questão é que o diagnóstico e a política municipal educativa daquela altura foram sendo alteradas conforme as condições económicas e sociodemográficas do concelho, assim como o quadro legal aplicável, nomeadamente com a transferência de competências na área da educação para o município.

“Em termos de conteúdo, a Carta Educativa deve conter a caracterização sumária da localização e organização espacial dos edifícios e equipamentos educativos, o diagnóstico estratégico, as projecções de desenvolvimento e a proposta de intervenção relativamente à rede pública”, distingue a vereadora. Ao mesmo tempo, aponta que este documento de âmbito municipal, é instruído com o “relatório que menciona as principais medidas a adoptar, a sua fundamentação e o programa de execução, com a calendarização da concretização das medidas constantes do relatório”.

 Retrato do concelho

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Uma das ferramentas usadas para elaborar a Carta Educativa foram as estimativas do Instituto Nacional de Estatística referentes à população residente no concelho, face a estes indicadores, o cenário escolhido é de “atracção tendencial”, que é o que se aproxima mais das características demográficas do município que, desde 2011, tem vindo a ganhar em média 242 efectivos anuais.

Na reunião pública, a autarca enumerou os aspectos a reter do estudo como a forte atractividade do município, traduzido no “progressivo aumento da população residente e consequentemente da população escolar e o aumento da capacidade e da qualidade dos equipamentos de ensino público de educação pré-escolar e do 1.º ciclo”.

Maria de Fátima Soares realçou ainda a “persistência das necessidades de beneficiação de alguns estabelecimentos de ensino – caso da grave sobrelotação da Escola D. Manuel I e da degradação física das instalações -, o aumento do número de alunos matriculados em todos os níveis de ensino e progressão expressiva da taxa total de pré-escolarização e o início de progressão positiva nos indicadores de sucesso académico”.

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De acordo com o estudo, as “prioridades estratégicas da política educativa assentam em três eixos, o primeiro aponta a requalificação dos equipamentos de ensino pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, o segundo eixo indica a promoção da qualidade do sucesso educativo e formativo nas escolas do concelho, e o terceiro é o incentivo à oferta do ensino profissionalizante no concelho, prosseguindo as áreas definidas como prioritárias”, refere nota de Impresa a autarquia.

A finalizar a apresentação do documento, a vereadora da Educação salientou o investimento que “tem sido feito nos últimos anos nas escolas do pré-escolar e do 1.º ciclo”, e que a autarquia “já está a trabalhar com o Ministério da Educação na requalificação da Escola D. Manuel I”.

Vincou ainda que o concelho vai ter “uma maior população escolar nos ciclos mais avançados, 3.º ciclo e secundário, e é nisso que o [executivo] vai apostar nos próximos anos”, mas fez questão de afirmar que “não será descurado o trabalho que tem sido”.

Rede escolar pública não avança para dois territórios

Uma ideia que a vice-presidente da Câmara de Alcochete, Maria de Fátima Soares, avança desde já, é que “não existe necessidade, a médio prazo, de proceder a uma reorganização da rede escolar pública em dois territórios educativos”. Neste sentido, a Carta Educativa propõe dez intervenções consideradas estruturantes.

A lista representada no documento refere a “requalificação e ampliação do Jardim de Infância do Samouco com mais uma sala de aula para 25 crianças, a construção de um centro escolar no Passil, aberto à comunidade, com reconversão da Escola Básica do Passil e do Jardim de Infância, a requalificação e ampliação do Jardim de Infância da Restauração com mais duas salas para dar uma melhor resposta à população que vive na vila de Alcochete”.

Deste consta ainda a “requalificação da Escola D. Manuel I, a criação de uma nova escola de ensino básico do 2.º e 3.º ciclos, a requalificação e ampliação da escola secundária, a requalificação dos espaços exteriores da rede escolar, valorização dos espaços desportivos, modernização digital dos equipamentos digitais nas escolas e ainda a valorização do interface escola e bairro”.

 

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