23 Julho 2024, Terça-feira

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Moradora denunciou à GNR falta de limpeza no mato na baixa de Palmela dias antes do incêndio

Moradora denunciou à GNR falta de limpeza no mato na baixa de Palmela dias antes do incêndio

Moradora denunciou à GNR falta de limpeza no mato na baixa de Palmela dias antes do incêndio

Denúncia foi apresentada na GNR cinco dias antes de ocorrer o fogo. Autarquias foram questionadas antes

Aida Correia, moradora na Baixa de Palmela denunciou à GNR a falta de limpeza do mato ao longo da estrada poucos dias antes do incêndio, que assolou o território no passado dia 13. A denúncia foi feita na sexta-feira e o incêndio deflagrou na quarta-feira seguinte, quando a GNR ia fiscalizar o local.

“O incêndio desceu a encosta do castelo e passou a estrada sem qualquer dificuldade porque não existe a limpeza de mato ao longo desta estrada”, contou a moradora na Baixa de Palmela.

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Esta quarta-feira, Aida juntou-se a outros residentes na zona afectada pelo fogo para contar ao executivo municipal sobre o que aconteceu nesse dia.

Aida conta que a queixa foi enviada à GNR depois de ter tentado junto da autarquia e freguesia perceber se os altos canaviais e mato denso na estrada da baixa de Palmela iam ser cortados.

Através de e-mails um dia antes do incêndio, a autarquia informou a moradora que os trabalhos de limpeza estavam programados e iam ser realizados o mais brevemente possível. Antes, a junta de freguesia informou Aida que ia pressionar a autarquia para proceder à limpeza desses terrenos ao longo da estrada.

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“Em Maio foi-me dito na junta de freguesia que o mato naquela zona ainda não podia ser cortado porque as plantas estavam a desabrochar e o corte só podia ser feito depois”. A moradora explica que foi graças à intervenção dos moradores que o incêndio não alastrou a Setúbal, através da baixa de Palmela, que durante essa tarde foi a zona mais crítica.

O incêndio que deflagrou pouco depois das 12 horas de dia 12, em Palmela, destruiu cerca de 400 hectares de mato e provocou 12 feridos. Até à manhã de quinta-feira, as chamas não só consumiram uma vasta zona de mato, como vários barracões e ameaçou várias zonas urbanas de Palmela e, principalmente, da zona de Aires, onde ardeu um ‘stand’ de automóveis. Dois dos 12 feridos, um civil e um bombeiro sofreram queimaduras e foram assistidos no Hospital de São José, em Lisboa.

Rui Cruz, chefe nos bombeiros do Pinhal Novo, teve alta esta tarde quarta-feira do Hospital São José, onde recebeu tratamento na Unidade de Queimados. A informação foi avançada esta tarde por Álvaro Amaro, presidente da autarquia palmelense durante a reunião de câmara.

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Rui Cruz foi um dos nove bombeiros feridos, mas o que sofreu mais graves ferimentos.
O autarca garantiu durante a sessão que a preocupação é máxima no que diz respeito à limpeza de terrenos, mas queixa-se de datas na lei. “É preciso mudar as datas, porque a lei obriga à limpeza até ao final de Abril, mas um mês depois o mato já precisa de novo corte”, referiu Álvaro Amaro.

Este ano foram notificados pelos serviços mais de 150 proprietários para a limpeza do mato e foram levantados 74 processos.

A Polícia Judiciária de Setúbal está a investigar as causas do incêndio e tem na sua posse uma garrafa de gás, suspeita, que foi encontrada pelos bombeiros depois do incêndio. Os inspectores têm também à sua disposição as imagens do novo sistema de videovigilância que existe na Serra da Arrábida e imagens de um homem suspeito.

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