Sindicato dos maquinistas e empresa travam acusações e as composições vão parar entre o Seixal e Almada
O Metro Sul do Tejo (MST) está parado a partir de hoje, 18 e Outubro, devido à greve de trabalhadores. A circulação entre Corroios, concelho do Seixal, e as linhas em Almada vai sofrer perturbações até dia 21. Convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), a paralisação é à “prestação de trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a 8 horas”, refere esta estrutura dos trabalhadores.
No dia 19 a greve é “total” com os trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ, “em greve à prestação de todo e qualquer trabalho”. Acrescenta o sindicato que, tal como vai acontecer nos dias 18 e 19, os trabalhadores que a 20 de Outubro “tenham previsto um período normal de trabalho que ultrapasse as 00H00 a 21 de Outubro, estão em greve desde a hora prevista do início do seu período normal de trabalho até ao seu termo”.
Para já, existe falta de entendimento entre a Metro Transportes do Sul, responsável pelo MST e o SMAQ. Diz o sindicato que a empresa “não negoceia um Acordo de Empresa, nem melhores condições de trabalho, e valorização salarial efectiva dos trabalhadores representados pelo sindicato”. A MTS não aceita estas acusações e fala em “intransigência do SMAQ em querer sentar-se à mesa das negociações”.
Afirma a empresa que tem mantido com o SMAQ e demais sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa “uma postura de diálogo constante, nunca tendo recusado qualquer reunião ou análise de casos concretos propostos pelas estruturas dos trabalhadores”, e acrescenta que mantém “toda a disponibilidade para chegar a um acordo com o SMAQ de forma a manter a paz social na empresa”.
Em nota de Imprensa, a MTS garante que “propôs um aumento salarial em linha com orientações do Governo para o sector privado e a sua disponibilidade para, dentro das capacidades da empresa, melhorar as condições de trabalho numa negociação com o sindicato”.
Na mesma linha “propôs a fixação de um calendário de curto prazo para negociar estas matérias com o SMAQ”, mas este “recusou liminarmente as propostas da MTS e não apresentou sequer qualquer contraproposta, decidindo manter a greve”, acusa.