Apostar na formação dos trabalhadores, na transição digital e em políticas nacionais são soluções apresentadas no evento que reflecte sobre a mão de obra qualificada
A decorrer no Auditório da Câmara Municipal do Seixal, o “Meeting de Capital Humano”, evento que reflecte acerca da escassez de mão de obra qualificada no sector industrial, iniciou com a discussão sobre a atractividade e competitividade do território.
Em representação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Nuno Bento, afirmou que “a força da Área Metropolitana de Lisboa [AML]” resulta da “interdependência entre as regiões” nos vários sectores.
De acordo com Nuno Bento, “a AML é profundamente diversa” e o seu “potencial” resulta da crescente aposta em três factores: “Captação de talento e capacitação de recursos humanos, investimento no ensino superior como factor de valorização empresarial e na transição digital”.
Para o Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Paulo Fernandes, a criação da competitividade não pode ser feita somente de “respostas regionais”, reforçando a necessidade de se investir numa “cooperação nacional”.
“As políticas públicas têm de estar na componente da inovação”, sublinhou. “Não pode ser sempre uma linha de retaguarda. Tem de estar na frente, a criar coisas novas”.
O autarca referiu-se ao ‘Polo de Inovação Digital’, a ser desenvolvido na região do Fundão, como exemplo de um projecto de união entre as regiões do interior que pretende apostar na transição digital e económica, enquanto possibilita o investimento em capital e pessoas no interior do País.
Foto: Mário Romão