Maria Clara Silva é a partir desta sexta-feira presidente da Câmara Municipal

Maria Clara Silva é a partir desta sexta-feira presidente da Câmara Municipal

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Legenda 2

O socialista anunciou a renúncia ao mandato. Diz sair com “mãos limpas, contas certas e obra feita”. Está de abalada para a AMARSUL

Chegou ao fim o trajecto autárquico de 27 anos de Nuno Canta na Câmara Municipal do Montijo. Maria Clara Silva é a partir desta sexta-feira a presidente da autarquia, depois de o socialista ter anunciado hoje a renúncia ao mandato para ir assumir funções na Comissão Executiva da AMARSUL, tal como O SETUBALENSE noticiou em primeira-mão em 8 de Abril último.

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A comunicação foi feita em conferência de Imprensa, na Casa da Música Jorge Peixinho, com Canta a vincar que sai com sentimento de missão cumprida. “Cesso funções com as mãos limpas, com sentido de ter feito tudo o que estava ao nosso alcance para melhorar a minha terra, com contas certas – já agora, com obra feita –, com ensinamentos de muitas das adversidades por que passámos (e foram muitas)”, disse, para mais à frente sublinhar que deixa “uma cidade e um mundo melhor” e que o período de 27 anos ao serviço da autarquia “é uma marca que fica na cidade”.

De permeio, o agora ex-presidente da Câmara do Montijo afirmou que sai do processo autárquico “muito mais humilde e mais republicano, a acreditar nos valores da democracia e na força que tem o poder local democrático”. E justificou: “Porque nos foi ensinado que ninguém é mais do que ninguém.”

Ao mesmo tempo, evocou valores do Partido Socialista para considerar que o momento não é o fim de uma etapa. “Sabemos que não existe um final e isto não é um final, mas sim o mesmo caminho de luta pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade que os autarcas do Montijo continuam a protagonizar.” E garantiu que continuará a ligação ao Montijo, embora em contexto e forma diferentes. “Não estou a sair, porque a luta continua. Estou a chegar, porque continuarei sempre a trabalhar para a minha terra. Irei com o meu último sopro, aí sim irei-me embora. Onde estiver, estarei sempre com o povo da minha terra, com as ambições do Montijo”, salientou, sem antes deixar de reforçar: “Não duvidem que se tivesse mais tempo, se tivesse outra oportunidade, ela seria inteiramente gasta a ajudar as lutas do Montijo, das gentes da minha terra.”

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O partido, os eleitores e os candidatos
A comunicação durou 6 minutos e 44 segundos. E no final o socialista disponibilizou-se para responder às questões dos jornalistas.

Canta começou por justificar por que decidiu não informar mais atempadamente os seus (ex-)pares do executivo sobre a decisão de sair da autarquia e considerou reunir todas as condições para abraçar as funções que vai exercer na AMARSUL. “Como é reconhecido, sou um homem ligado ao Ambiente há muitos anos, tenho competências nessa matéria e foi-me feito um convite natural. Até agora estive a ponderar”, afirmou.

A pouco mais de um ano do final do actual exercício autárquico e sem se poder recandidatar à presidência – por força da lei de limitação de mandatos –, Nuno Canta recusou a ideia de que o eleitorado possa penalizar o PS nas eleições de 2025, apesar de ter visto assegurado o futuro profissional num cargo para o qual foi indicado pelos municípios socialistas na AMARSUL.

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“Não, não”, respondeu, para mais adiante juntar: “O PS tem todas as condições para poder voltar a vencer nas próximas eleições autárquicas.”

Sobre a possibilidade de poder vir a candidatar-se de novo em 2029 à liderança da Câmara do Montijo, o ex-presidente não fechou completamente a porta. “Até ao último suspiro vou sempre lutar pela minha terra. Estamos sempre disponíveis para qualquer situação. Isso não quer dizer que alguma vez regresse, acho que a água não passa duas vezes por debaixo da mesma ponte. Sinto é que deixámos um grande legado ao Montijo”, retorquiu.

E quanto aos potenciais candidatos de que o partido pode lançar mão para tentar manter o poder no município – Catarina Marcelino, Ricardo Bernardes ou Fernando Caria – foi lapidar: “São todos meus amigos, são pessoas que estimo muito e têm todos condições. Ainda bem que deixo um partido que tem condições de ter três candidatos à Câmara Municipal. O que mais quero é que o PS continue a governar a nossa cidade”, concluiu.

Clara Silva: “Iremos continuar a cumprir o programa do PS até final do mandato”

Maria Clara Silva deitou-se ontem como vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo e acordou hoje como presidente do órgão. A socialista foi parca em palavras na hora de comentar a sucessão, mas assertiva. “É sempre um um desafio novo. Ser vice-presidente não é o mesmo que ser presidente. O PS tem um programa que sufragou nas últimas autárquicas e que iremos continuar a cumprir até final do mandato. É esse o desafio que teremos pela frente durante [cerca de] um ano e meio”, observou.
Na conferência – que teve na mesa sentados lado a lado Nuno Canta e Clara Silva – estiveram presentes os vereadores da oposição Ilídio Massacote e Joaquim Correia
João Afonso (PSD) e Nuno Catarino (CDU) não marcaram presença , bem como os presidentes das juntas de freguesia e funcionários (dirigentes) dos vários departamentos da autarquia.

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