1 Julho 2024, Segunda-feira

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Hospital de Almada realiza pela primeira vez cirurgia inovadora a Hérnia Incisional

Hospital de Almada realiza pela primeira vez cirurgia inovadora a Hérnia Incisional

Hospital de Almada realiza pela primeira vez cirurgia inovadora a Hérnia Incisional

O acto médico foi realizado pela Unidade de Tratamento de Hérnias da Parede Abdominal do Serviço de Cirurgia Geral do HGO

O Hospital Garcia de Orta (HGO) realizou recentemente, pela primeira vez, uma cirurgia “inovadora” com recurso a uma técnica “menos invasiva” com “redução da dor e de complicações pós-cirúrgicas e recuperação mais célere”. Este procedimento “permitiu o retorno do doente à sua vida activa”, avança o gabinete de comunicação da unidade hospitalar pública de Almada.

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O acto médico foi realizado pela Unidade de Tratamento de Hérnias da Parede Abdominal do Serviço de Cirurgia Geral do HGO, e consistiu na “reparação de uma hérnia ventral incisional por via videoendoscópica”. Designada por eTEP – extended totally extraperitoneal – esta técnica consiste num procedimento que permite a “reparação da hérnia de forma minimamente invasiva, com menos complicações e menos dor pós-operatória”.

“Esta cirurgia resulta em menos tempo de internamento e recuperação mais rápida do que a cirurgia aberta clássica ou mesmo a cirurgia laparoscópica convencional”, acrescenta nota de Imprensa do HGO. “A hérnia incisional é um tipo de hérnia que surge no local cirúrgico de uma cirurgia prévia no abdómen”, indica ainda.

Uma cirurgia no abdómen leva a uma “violação das estruturas da parede abdominal, tais como músculos e fáscias, o que contribui para um enfraquecimento da mesma. Esta predisposição, associada a um aumento da pressão intra-abdominal, como a obesidade, tabagismo ou outros factores de risco, como quimioterapia, predispõe ao aparecimento de hérnias com protrusão de conteúdo intra-abdominal, nomeadamente intestino”.

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Segundo a unidade hospitalar, o tratamento das hérnias incisionais depende das características da hérnia em particular, como dimensão e localização, e dos problemas associados do doente, nomeadamente patologias de base e cirurgias prévias”. Esta pode passar por uma “cirurgia aberta, na qual o cirurgião faz uma nova incisão para poder reduzir o conteúdo herniário e encerrar o orifício, ou numa cirurgia por laparoscopia, em que a abordagem intra-abdominal se faz por incisões centimétricas no abdómen, insuflação da cavidade abdominal, manipulação e redução do saco herniário e encerramento do orifício/defeito”.

A explicação do procedimento refere ainda que, em ambas as abordagens, é colocada uma prótese a cobrir amplamente o defeito encerrado, de modo a promover um fortalecimento dos tecidos e evitar o reaparecimento de novas hérnias. “Mais recentemente surgiu uma nova abordagem minimamente invasiva, alternativa à laparoscopia convencional, designada por eTEP, em que se evita a entrada na cavidade abdominal. São igualmente feitas pequenas incisões na parede abdominal, com redução da hérnia, encerramento do orifício herniário, e colocação de uma prótese, mas evita-se a manipulação e o contacto da rede com o intestino”.

Esta via é a que, “comprovadamente, permite reduzir substancialmente a dor pós-operatória, o risco de infecções, encurtar o tempo de internamento e acelerar o regresso à vida activa, com maximização dos resultados a longo prazo, nomeadamente redução do risco de recorrência da hérnia ou de complicações relacionadas com a rede”.

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