A inauguração da 5.ª edição do evento acontece na Praça da República, a partir das 10 horas, com a construção de um mural pela paz
Afirmar a identidade do concelho, no sector agrícola em geral e na floricultura em particular, é um dos principais objectivos da Festa da Flor que foi apresentada ontem no Alegro Montijo e que arranca hoje, em simultâneo, no centro da cidade montijense e no espaço da referida superfície comercial.
Os pratos fortes para este primeiro de três dias do certame são os concertos de Luís Trigacheiro, pelas 22h30 na Praça da República, e de Aurea, uma hora antes, no Alegro Montijo. A inauguração está, porém, agendada para as 10 horas desta manhã, com a construção de um mural pela paz a cargo dos alunos das escolas básicas e jardins-de-infância do concelho, em solidariedade para com o povo ucraniano.
Na véspera da cerimónia de apresentação da iniciativa no Alegro, Nuno Canta antecipou a O SETUBALENSE o cariz do evento que promete colorir, animar e promover o território, através de uma interligação de actividades representativas do sector da flor com outras de carácter cultural.
A Festa da Flor recupera “as tradições do importantíssimo sector de produção agrícola do Montijo, mas também dará a conhecer novos caminhos”, nomeadamente a recuperação da “parceria com o Alegro Montijo”, disse o autarca, em entrevista transmitida em directo na página do Facebook do jornal.
Sem deixar de realçar os workshops florais, o mercado das flores, as oficinas criativas, as animações de rua, além dos concertos dos concertos e da presença das tasquinhas – novidade desta 5.ª edição –, o edil lembrou outro dos objectivos da festa. “Atrair os casais jovens [novos residentes], as famílias que vivem hoje no Montijo, a virem ao centro da cidade, a procurarem partilhar connosco estas actividades que são fundamentais para a cidade”, apontou, ao mesmo tempo que desvendou o valor do orçamento do certame. “Ronda os 40 mil euros e é superior à edição anterior que rondava os 20 mil euros. Estamos a fazer um esforço significativo para termos um maior envolvimento das pessoas e do comércio.”
Ontem, a Festa da Flor foi apresentada no Alegro, já decorado a rigor, numa cerimónia que logo a abrir contou com a actuação do Grupo de Cavaquinhos da Sinfonias & Eventos, bem como com a “tradução” em língua gestual portuguesa por parte de Sofia Figueiredo. Além de Nuno Canta, Carlos Costa, director da Nhood Portugal (que gera o Alegro), Sérgio Peixoto, maestro do coro de surdos “Mãos Que Cantam” (que vai participar no concerto de Aurea) e da coralista Cládia Veiga.