1 Julho 2024, Segunda-feira

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Feriado celebra procissão pelo rio e pela cidade com símbolos da Jornada Mundial da Juventude

Feriado celebra procissão pelo rio e pela cidade com símbolos da Jornada Mundial da Juventude

Feriado celebra procissão pelo rio e pela cidade com símbolos da Jornada Mundial da Juventude

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Peregrinação que anuncia o maior evento do mundo decorre até sexta-feira no município

 

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) entram hoje na Diocese de Setúbal para um mês de peregrinação. Pela primeira vez em Portugal, o maior evento do mundo, que conta com a presença do Papa, acontece na primeira semana de Agosto do próximo ano, em Lisboa, onde se espera a presença de dois milhões de jovens de mais de 150 países.

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Até sexta-feira, os símbolos da JMJ, que correspondem à Cruz Peregrina e ao ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, vão passar por diversas instituições da cidade, depois de serem hoje acolhidos numa cerimónia que irá decorrer na Igreja de Santa Maria, pelas 21 horas.

Segundo Sofia Costa, representante do Comité Organizador Vicarial de Setúbal da JMJ, o “ponto alto” da peregrinação, que decorre até sexta-feira no município, realiza-se amanhã, feriado religioso, no qual se comemora o Dia de Todos os Santos. Com uma “histórica e inédita Procissão de Todos os Santos pelo rio e pela cidade”, o objectivo é o de “levar estes elementos às realidades mais periféricas de Setúbal”.

“É a primeira vez que este evento ocorre em Portugal e, obviamente, na cidade. Para a comunidade traz uma mensagem de reconhecimento e de esperança. Apesar de Setúbal estar perto da capital, é uma cidade periférica que contém zonas rurais onde, de outra forma, tal iniciativa não seria sequer ponderada”, explica Sofia Costa. “É por esta razão que queremos levar os símbolos a diversas instituições de Setúbal e a sítios onde se encontram aqueles que não podem participar fisicamente nas jornadas, como é o caso dos hospitais”, refere.

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“A mais bela invenção de João Paulo II”

A primeira edição da Jornada Mundial da Juventude ocorreu em 1986. Segundo a história, há quem lhe chama “a mais bela invenção de João Paulo II”, por ter sido esse o Papa a organizar, em 1984, um encontro no Domingo de Ramos, em Roma, para celebrar o jubileu dos jovens inserido no Ano Santo da Redenção de 1983 e 1984. Na iniciativa esperavam-se 60 mil peregrinos, mas acabaram por acorrer 250 mil de muitos países.

Por ter sido tão significativa, João Paulo II decide repetir a experiência no ano seguinte, onde, nesse encontro, 300 mil jovens repartiram-se entre as igrejas da cidade para momentos de oração e catequese. Nesse ano, o Papa decide escrever uma Carta Apostólica aos jovens do mundo inteiro, na qual anuncia a instituição da Jornada Mundial da Juventude.

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De acordo com Vasco Gonçalves, responsável de parcerias, evento e relações institucionais do Comité Organizador Diocesano de Setúbal (CODS), em 1986, João Paulo II entregou aos jovens aqueles que viriam a ser os dois símbolos da JMJ e pediu-lhes que estes “fossem levados pelo mundo inteiro como sinal de esperança, união e de amor a Jesus Cristo por toda a humanidade”.

“O Papa quis que estes símbolos fossem levados por os jovens de todo o mundo às mais diversas realidades para que estes não ficassem apenas fechados na igreja. Até hoje, já visitaram mais de 90 países e foram transportados de todas as maneiras, desde trenós e de barco a carros puxados por bois ou tractores”, conta Vasco Gonçalves.

Por os sítios onde vão passando, a Cruz Peregrina e a Nossa Senhora Salus Populi Romani associam-se às tradições locais de cada país. “Estes símbolos são carregados pelas pessoas que integram as comunidades e que fazem o seu transporte como entendem. O objectivo é sempre o de levar a união, a fraternidade e a paz aos jovens de todo o mundo”, refere o membro do CODS.

 

 

Pedido de Papa Francisco fomenta “maior procissão de sempre” em Setúbal

Com o objectivo de envolver toda a comunidade, não existindo “limites de idade ou de religião” para participar, o dia de amanhã está reservado para aquela que se espera ser “a maior procissão de sempre” na cidade sadina.

“Na Diocese de Setúbal, a peregrinação dos símbolos decorre até dia 1 de Dezembro. Já na nossa cidade contamos com a sua presença até sexta-feira”, informa Vasco Gonçalves. “Para este evento, o Papa Francisco pediu-nos que fizéssemos uma JMJ original e diferente. Algo que fosse fresco e jovem e não uma cópia daquilo que já foi feito. A procissão de  amanhã encaixa-se nesse pedido, porque nunca se fez algo assim em Setúbal”, continua.

Beneficiando do feriado religioso de amanhã e juntando a tradição marítima típica da cidade, o município vai contar com uma procissão fluvial pelo Sado, com partida na Doca das Fontaínhas e a presença das imagens da Senhora do Rosário de Tróia, da Senhora da Arrábida e da Senhora dos Navegantes, bem como com uma procissão terrestre com os santos padroeiros de todas as paróquias da cidade, em direcção à Praça do Bocage.

Para Vasco Gonçalves, a presença dos símbolos no município é uma “oportunidade de respirar de novo, após dois anos de crise no mundo”. “Como o Papa Francisco diz “das crises, ou se sai melhor ou pior, mas nunca se sai igual” e, portanto, termos esta oportunidade é, de facto, um sinal de esperança para todos nós.”

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