Terminal de contentores do Barreiro: Carlos Humberto diz que custos das dragagens estão “longe dos valores exorbitantes falados”
O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do novo terminal de contentores no
Barreiro deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2017, disse o
presidente da autarquia, referindo que os custos das dragagens “estão longe
dos valores exorbitantes falados”.
“Neste momento o estão a ser incorporados no EIA os ‘inputs’ dos vários
parceiros, em especial da APL e da autarquia do Barreiro. São questões
formais e técnicas, seguindo-se depois a entrega na Agência Portuguesa do
Ambiente (APA)”, disse ao DIÁRIO DA REGIÃO Carlos Humberto (PCP),
presidente da Câmara do Barreiro.
O território da Baía do Tejo, no concelho do Barreiro, está a ser estudado
como hipótese para receber o novo terminal de contentores de Lisboa.
O equipamento representa um investimento de cerca de 700 milhões de euros
para uma área de contentores e multiusos, numa área logística de cerca de
400 hectares
O equipamento representa um investimento de cerca de 700 milhões de euros
para uma área de contentores e multiusos, numa área logística de cerca de
400 hectares. A plataforma multimodal inclui o terminal de contentores com
capacidade para 2,7 milhões de teus (medida standard utilizada para
calcular o volume de um contentor) por ano.
O autarca referiu que o estudo deverá ser entregue na APA ainda este ano,
seguindo-se depois a avaliação desta entidade.
“Depois da APA se pronunciar estamos em condições de preparar o caderno de
encargos e de avançar com o Concurso Público Internacional, caso seja
favorável, como acreditamos. Penso que no primeiro trimestre de 2017 temos
condições para ter o parecer favorável da APA”, defendeu.
Carlos Humberto explicou que os resultados já conhecidos do EIA demonstram
que os custos das dragagens necessárias estão longe dos elevados valores
que foram apontados.
“As dragagens têm um valor elevado, mas estamos a falar de valores
enquadráveis no projecto, que estão longe dos valores exorbitantes falados.
Em relação aos contaminados, as áreas a dragar são quase todas de nível
baixo, apenas existem dois locais concretos com alguns problemas, por isso
não se pode falar em problemas de contaminados”, explicou.
O autarca referiu ainda que existem vários interessados no terminal de
contentores no Barreiro.
“Temos interessados norte-americanos, chineses, dinamarqueses e portugueses
no projecto. O governo sabe dos interessados”, frisou.
Autarcas da região reuniram com o primeiro-ministro
Carlos Humberto disse ainda que, recentemente, os autarcas do Barreiro,
Seixal e Almada reuniram com o primeiro-ministro, António Costa, na
presença de vários ministros, para discutir o projecto Arco Ribeirinho Sul,
de requalificação das antigas áreas industriais da Quimiparque, Siderurgia
e Margueira.
“Temos que dar passos mais significativos neste projecto, apesar de estarem
a avançar questões como a descontaminação ou a promoção dos territórios.
Este projecto do Arco Ribeirinho Sul, que se articula como novo terminal, é
importante para o país”, concluiu.