9 Agosto 2024, Sexta-feira

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Comandante afasta orcas ao fazer manobra de marcha à ré em Sesimbra

Comandante afasta orcas ao fazer manobra de marcha à ré em Sesimbra

Comandante afasta orcas ao fazer manobra de marcha à ré em Sesimbra

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Grupo de três orcas perseguiu embarcação turística durante cinco minutos

 

Jorge Branquinho, comandante da embarcação turística ‘Amor ao Ofício’, conseguiu evitar um ataque de orcas ao Largo de Sesimbra, numa embarcação que tinha dez turistas a bordo.

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O caso ocorreu na manhã de sábado a seis milhas da costa de Sesimbra. O comandante desta embarcação turística sentiu um toque no leme e decidiu executar a manobra de Marc Herminio, que no ano passado repeliu um ataque de dez orcas em Gilbraltar ao colocar o seu veleiro em marcha à ré, ao invés de o imobilizar e desligar o motor, como é sugerido pelas autoridades. “Coloquei de imediato a embarcação em marcha à ré, a chamada manobra Marc Herminio. O grupo de três orcas perseguiu-nos durante cinco minutos e depois desistiu”, conta Jorge Branquinho.

Horas depois, um veleiro naufragou também atacado por orcas, em Sines. O naufrágio ocorreu à meia-noite de domingo. Apesar de ter seguido as recomendações das autoridades, o veleiro foi abalroado, mas os cinco ocupantes sobreviveram e foram resgatados.

Nestes casos, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) recomenda a todos os navegantes que seja desligado o motor, inibindo a rotação da hélice, e que se imobilize a porta do leme, desmotivando assim estes mamíferos a interagir com as estruturas móveis das embarcações.

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Jorge Branquinho decidiu não seguir estas recomendações e optou pela manobra de colocar em marcha à ré a embarcação, o que requer uma grande experiência uma vez que esta segue com alguma velocidade. “Não sei se são ataques ou se é curiosidade dos animais, mas eles perseguem as embarcações e, se pararmos o motor e deixarmos a embarcação à deriva, tornamo-la num alvo fácil. Há que colocar a marcha à ré até que percam o interesse”, afirma o comandante. A embarcação não sofreu danos e o caso foi reportado a outras empresas marítimo-turísticas.

Entre Março e Agosto, as orcas rumam a sul, desde a Galiza ao Estreito de Gibraltar, seguindo a migração do atum. Já entre Setembro e Outubro regressam a norte, passando por Galiza.

Até 2019 não havia registo de interacções com estes animais. No entanto, a partir de 2020 estas iniciaram e tornaram-se muito perigosas.

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A maior parte das ocorrências são registadas em Espanha. Em Portugal, no ano de 2020, houve 17 ocorrências, oito das quais com danos nas embarcações, nomeadamente o leme. Em 2021 foram registadas 51 ocorrências, 21 com danos.

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