Cerca de dez mil trabalhadores do distrito em jornada de luta até 27 de Junho

Cerca de dez mil trabalhadores do distrito em jornada de luta até 27 de Junho

Cerca de dez mil trabalhadores do distrito em jornada de luta até 27 de Junho

Aumento de salários, melhores condições de trabalho e respeito pela Lei Laboral. Dia 26, há manifestação na cidade de Setúbal

Até 27 de Junho, cerca de dez mil trabalhadores envolvendo 30 empresas do Distrito de Setúbal vão participar na Semana de Esclarecimento, Acção e Luta promovida para CGTP-IN. Um protesto que, já amanhã, dia 25 tem manifestação convocada pelo STAL – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, com concentração junto à Assembleia da República, onde vai ser reivindicado o suplemento de insalubridade, penosidade e risco, suplemento de piquete e sobre profissões de desgaste rápido.

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São reivindicações que também serão ouvidas a 26 de Junho na manifestação na cidade de Setúbal, com início às 9h30, nas ruas entre o Jardim do Bonfim e a Avenida Luísa Todi, onde vão marcar presença elementos do concelho nacional da CGTP-IN. “O secretário-geral [Tiago Oliveira] não vai estar por ter, nesse dia, uma acção de luta na empresa onde trabalha”, diz Luís Leitão, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Setúbal/–CGTP-IN, que vai estar na manifestação.

Para o sindicalista, esta Semana de Esclarecimento, Acção e Luta acontece no momento certo para alertar o Governo, liderado por Luís Montenegro, sobre a obrigatoriedade de ser “respeitada a lei laboral”, ou seja, “é preciso revogar normas gravosas para os trabalhadores”, portanto, implementar a “reposição da contratação colectiva e acabar com a caducidade da contratação colectiva”.

Afirma o sindicalista que, “só no primeiro trimestre deste ano, mais de 30% dos contratos de trabalho assinados foram em condições precárias. Não há tanta precariedade em altura sazonal que o justifique, o facto é que existem postos de trabalho permanentes que estão com condições precárias”.

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Estas algumas das prerrogativas do protesto nacional que passa também pelo Distrito de Setúbal. “Estão em marcha acções reivindicativas nas empresas e locais de trabalho” para chegarem aos ouvidos de empresários e do Governo. “Exigimos o aumento do Salário Mínimo Nacional para mil euros e aumentos de 15%, no mínimo de 150 euros, para todos os trabalhadores”, isto em conjunto com a “valorização das carreiras e profissões”, vinca Luís Leitão a O SETUBALENSE.

Um dos exemplos que o coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Setúbal/–CGTP-IN avança é o caso dos 25 mil professores deixados para trás sem que lhes seja contado o tempo efectivo de serviço. Isto acontece também com os restantes trabalhadores da administração pública que podem ficar para trás; todo o tempo de serviço tem de contar”.

Entretanto, dentro de empresas no Distrito de Setúbal, “os trabalhadores da Parmalat estão a exigir um aumento de salário, os trabalhadores da SGL no Barreiro estão em greve ao trabalho extraordinário porque consideram impossível as jornadas de trabalho que lhes querem impor”.

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Luís Leitão aponta ainda os trabalhadores da empresa de transporte público TST que “estão em luta por aumentos de salário”, uma reivindicação que “já vai na quinta acção de luta este ano por entenderem que a empresa tem condições para responder às reivindicações”. Também na Lauak, unidade ligada à indústria aeronáutica, onde os trabalhadores “têm vindo a avisar a administração da empresa sobre as condições de trabalho e recursos humanos”.

Entre outros casos, os protestos passam ainda pela Autoeuropa onde “existe um abuso da lei do lay-off para compensar uma modernização da fábrica e uma paragem”, e também pela Silopor, empresa de Silos na Trafaria, onde os trabalhadores vão estar junto do Ministério da Finanças a exigirem aumento de salário.

Terminada esta semana de luta convocada pela CGTP-IN, afirma Luís Leitão que as jornadas de protesto vão continuar e apontam ao Orçamento de Estado, a ser debatido em Outubro. “As reivindicações dos trabalhadores não podem ser ignoradas”.

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