Os suspeitos foram detidos ainda no local. Fogo terá sido provocado pelo uso de um veículo agrícola com roça-mato. Foi extinto às 15h20 após operação que envolveu sete meios aéreos
Um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 21, foram ontem detidos pelo Núcleo de Protecção Ambiental da GNR, suspeitos de terem provocado um incêndio florestal em Grândola, que consumiu 40 hectares de mato e colocou uma habitação em risco. O casal foi detido no local, pouco depois de as autoridades terem sido alertadas para a ocorrência.
“Após ter sido comunicado o alerta de um incêndio florestal por parte da população, prontamente os militares do Núcleo de Protecção Ambiente e do Posto Territorial de Grândola deslocaram-se para o local e dirigiram-se ao possível ponto inicial de foco de incêndio onde, momentos depois, foi possível avistar os suspeitos e proceder à detenção dos mesmos”, revelou hoje a GNR em comunicado.
Na origem do incêndio, de acordo com a GNR, terá estado a “utilização de um veículo agrícola com um roça-mato”, equipamento que acabou por ficar destruído pelas chamas.
O sinistro, acrescenta a GNR, “resultou na destruição de cerca de 40 hectares de mato (sobreiros, azinheiras, eucaliptos e mato)”, chegando a colocar “uma habitação em risco”.
Os suspeitos foram detidos e constituídos arguidos “e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Grândola”.
A operação da GNR englobou ainda militares do Posto Territorial do Torrão e da Secção de Policiamento Comunitário.
Cinco aviões e dois helicópteros no combate
O fogo, recorde-se, deflagrou na manhã desta terça-feira numa área de mato no concelho de Grândola, com o combate às chamas a mobilizar 193 operacionais, apoiados por 62 veículos e sete meios aéreos, confirmou a Protecção Civil.
De acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil, o alerta foi dado às 11h19, com o sinistro a atingir uma zona de mato na área geográfica da freguesia de Grândola e Santa Margarida da Serra.
O incêndio acabou por ser dominado às 15h20, motivando a acção de 10 máquinas agrícolas e de rasto no local, para “ajudar a abrir faixas de contenção”, disse o comandante distrital de Protecção Civil de Setúbal, Elísio Oliveira. A operação, de acordo com o responsável, envolveu ainda quatro aviões bombardeiro, dois helicópteros ligeiros e um avião de coordenação.
com Lusa