26 Junho 2024, Quarta-feira

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Carris Metropolitana deverá avançar em 2021 e reforçar mobilidade na região

Carris Metropolitana deverá avançar em 2021 e reforçar mobilidade na região

Carris Metropolitana deverá avançar em 2021 e reforçar mobilidade na região

Os municípios vão começar a gerir os transportes públicos rodoviários, a garantia é o reforço de carreiras e melhor controlo do serviço. Depois dos novos passes sociais, está na calha outra revolução na mobilidade

 

Hoje é o primeiro dia de um novo quadro de funcionamento dos transportes rodoviários na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Às 11h00, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, é divulgado o funcionamento do concurso internacional para aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros, nesta área.

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Apontado como o maior concurso público do país, este pretende “satisfazer as múltiplas necessidades dos passageiros”, uma resposta alargada que obriga ao lançamento do concurso a estabelecer uma oferta anual de “90 milhões de veículos por quilómetro de transporte público rodoviário”.

Isto considera “um aumento superior a 40% face aos serviços actuais de transportes rodoviários”, adianta o secretário executivo da AML, Carlos Humberto. Ou seja, os 18 municípios deste território vão beneficiar de um trabalho desenvolvido durante dois anos, envolvendo vários estudos, e receber uma maior oferta de transportes, com rejuvenescimento da rota, maior eficiência, mais informação, mais qualidade no serviço prestado, mais sustentabilidade ambiental, e responsabilidade social.

No lote de municípios que integram este sistema de transportes, estão os nove da península de Setúbal que, segundo Carlos Humberto, vão “beneficiar de um crescimento significativo da oferta associada à redução tarifária. Explica o secretário executivo da AML que sendo este organismo a pagar à transportadora que ganhar o concurso, haverá um controlo apertado que identifica se estão a ser cumpridos todos os compromissos. Obrigações que vão desde a comodidade das viaturas, qualidade ambiental, limpeza, segurança e cumprimento de horários e percursos.

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Seixal vai ver a sua conta com transportes públicos aumentada para 2 milhões de euros
Outra característica será a uniformização dos autocarros que vão circular na AML. “Terão uma imagem e marca própria”, diz Carlos Humberto; a rede passa a designar-se Carris Metropolitana e os autocarros está previsto que sejam amarelos. Excepção será o concelho do Barreiro que tem frota municipal própria, a TCB – Transportes Colectivos do Barreiro.

Quanto à possibilidade da Transportes Sul do Tejo continuar a operar no distrito de Setúbal, Carlos Humberto, diz que tudo depende da empresa concorrer ou não. O que está garantido, e previsto no próprio concurso é que “a empresa que ganhar tem de ficar com os trabalhadores que estão a operar neste momento, e com as condições que actualmente têm”, portanto “não há risco de despedimentos ou perda de regalias”, afirma.

Sobre a entrada em funcionamento da Carris Metropolitana, o secretário executivo da AML prevê que, se tudo correr dentro dos prazos esperados, “é possível que seja no início de 2021”. Ao mesmo tempo realça que tanto o preço de bilhete como o dos passes vai manter-se, excepto a aquisição de um novo cartão já com a designação Navegante.
Com uma abrangência temporal de sete anos, o novo sistema “envolverá a expansão e a criação de novos circuitos e o aumento de mais transportes em dias úteis, dentro e fora das horas de ponta, ao fim de semana e à noite”.

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No total, as câmaras vão participar com 35 milhões de euros, e no caso do Seixal o encargo vai ser de “2 milhões de euros”, diz a vereadora da Câmara do Seixal, Maria João Macau, que espera que o novo operador Carros Metropolitana “aumente a oferta de transportes em 65%”, isto considerando o aumento de frequência das carreiras e criação de mais ligações, tanto entre freguesias do município como nas ligações aos ao transporte fluvial e às quatro estações da Fertagus no concelho. Por outro lado, “as localidades que não têm transporte rodoviário e vão passar a ter”, afirma a vereadora.

Palmela vai reforçar transportes em várias localidades

Importante também para Maria João Macau, é que o alargamento da rede de transportes rodoviários vem aumentar a mobilidade e contribuir para diminuir o uso de veículos privados, no movimento casa trabalho ou escola.

Outro município que deverá ser bastante beneficiado com a Carris Metropolitana é Palmela, o maior da AML, mas a Câmara vai ver a sua despesa direcionada aos transportes públicos aumentada para 1,6 milhões de euros. Uma despesa que o presidente, Álvaro Amaro, aceita de bom grado, uma vez que “grande parte da população vai ser beneficiada”, principalmente aquela que reside mais longe do centro do concelho.
“Palmela, neste concurso, fez reverter para o caderno de encargos ligações que consideramos fundamentais”, diz o autarca que aponta núcleos residenciais como os Bairros Alentejanos, Marinheiros e Assunção Piedade. Melhor servidas de transportes vão ficar também localidades como a Quinta do Anjo com a ligação a Palmela e Penalva, e ainda circulações com a zona de Vila Amélia.

Servidas pela Carris Metropolitana vão ser também Marateca, Poceirão e Loja Nova, para além de outras linhas como a ligação de Padre Nabeto, Aires e Palmela.

Avança o autarca que também as carreiras mais procuradas vão ser reforçadas, é o caso das ligações entre Palmela e Pinhal Novo e Lisboa, assim como entre Cabanas e Setúbal.

Outro troço importante é o reforço de ligação à Estação da Fertagus de Palmela, que fica bastante afastada de zona urbana.

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