Porto de Setúbal foi outro dos que registaram queda no volume de toneladas movimentadas (-3,1%). Sines teve diminuição de 9,9%
O Porto de Sines registou uma diminuição de 9,9% de carga movimentada, o que contribuiu significativamente para a queda de 4,8% verificada nos primeiros seis meses deste ano,
em relação ao mesmo período de 2017, nas infra-estruturas portuárias do continente. O Porto de Setúbal, o quarto de Portugal mais importante de Portugal em termos de quota de mercado, também sofreu uma redução de 3,1%.
Entre Janeiro e Junho deste ano foi movimentado nos portos do país um volume total de 46,4 milhões de toneladas. De acordo com o relatório do mercado portuário relativo ao primeiro semestre de 2018, realizado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), a redução do volume movimentado nos portos nacionais neste período está assim relacionada com a diminuição verificada em Sines, que representa mais de metade do mercado portuário, com uma quota absoluta de 50,2%.
No primeiro semestre, o volume movimentado no Porto de Sines diminuiu 9,9% (o correspondente a 2,6 milhões de toneladas), seguindo-se as quedas registadas nos portos de Setúbal (-3,1%) e de Viana do Castelo (-6,2%).
Em sentido inverso, os portos de Leixões, Aveiro, Figueira da Foz e Lisboa foram os que mais cresceram, ao registarem subidas de 1,3%, 2,1%, 5,7% e 1,1%, respectivamente, tendo em conta a representatividade destes aumentos.
A AMT nota que, depois de Sines, o porto mais importante é o de Leixões, com uma quota de mercado de 21,1%, seguido de Lisboa, com 12,8%, Setúbal, com 7,4%, e Aveiro, com 5,7%.
Acresce que, neste semestre, os portos de Leixões, Aveiro e Figueira da Foz – que movimentaram, respectivamente, 9,8, 2,7 e 1,1 milhões de toneladas – conseguiram atingir “a melhor marca de sempre face aos períodos homólogos anteriores”.
Ainda sobre a carga movimentada, a AMT observa que, dos meses em análise, o de Junho registou “uma ligeira melhoria” face a Maio e a Abril.
Diminuição acentuada em Junho
Quanto ao comportamento global actual dos portos do continente, a AMT sublinha que este continua a ser “fortemente afectado” pela evolução da carga contentorizada em Sines, que baixou 11,1% em Junho para cerca de 1,3 milhões de toneladas, devido à quebra no volume de mercadorias em transbordo. A justificar os resultados deste semestre estão ainda as “variações negativas significativas” no transporte marítimo de carvão (-22,1%, correspondente a menos 615 mil toneladas) e de produtos petrolíferos (-8,6%, menos 541 mil toneladas).
No que toca ao movimento de contentores, baixou 6,6% para um total de 1,5 milhões de unidades.
Relativamente aos portos comerciais, a AMT indica que, nestes primeiros seis meses, verificaram-se 5.410 escalas de navios de diferentes tipologias, equivalente a um volume global de arqueação bruta de 100 milhões. Neste último sector, “importa destacar os aumentos de 1,7% no Porto de Aveiro, de 2,1% em Setúbal, e de Faro e Portimão, que representam no seu conjunto uma quota de 1,3%”, concluiu aquela entidade.
SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa